17 de maio de 2023

Na seleção brasileira de futsal feminino, adamantinense celebra vitória em torneio internacional

Na seleção brasileira de futsal feminino, adamantinense celebra vitória em torneio internacional
Jaque Nunes comemora o título em competição internacional jogando pela seleção brasileira de futsal feminino (Cedida).

Neste domingo (14) a Seleção Brasileira Feminina de Futsal foi campeã invicta do Torneio Internacional de Futsal Feminino de Xanxerê/Futsal Nations Cup, realizado em Xanxerê, Santa Catarina. No elenco, convocada pela primeira vez para defender a seleção Canarinho, estava a adamantinense Jaque Nunes, de 22 anos, que joga profissionalmente no Stein Cascavel, do Paraná. Ela jogou na posição ala, vestindo a camisa 14.

(Ronaldo Caldas/Ministério dos Esportes).

Na competição em Santa Catarina, após superar a Venezuela por 2 a 0 na semifinal, as brasileiras marcaram quatro vezes sobre o Paraguai e venceram a primeira edição do torneio. A seleção foi comandada pelo técnico Wilson Sabóia.

Ao portal Globo Esporte (GE), a ala da seleção, Jaque Nunes, falou sobre a conquista. “Sentimento é de gratidão, de felicidade, de dever cumprido”, disse ao portal esportivo. Essa foi a primeira experiência dela fora do Stein Cascavel, o que possibilitou novas vivências, partilha e aprendizado. “Os treinos, o grupo em si, grupo recheado de atletas com espírito vencedor, a preparação antes de começar os jogos e a cidade de Xanxerê que apoiou muito a gente. O futsal feminino precisa disso. Foram as coisas que eu mais gostei de ter vivido nesse período”, contou ao GE.

(Reprodução).

Quanto à sua atuação em quadra, a jogadora falou sobre sua participação. “Particularmente, avalio de uma forma positiva. Vi que consegui ajudar minha equipe de várias formas, tanto dentro quanto fora das quadras. É isso que faz a diferença”, pontuou ao portal esportivo.

(Reprodução).

De volta ao Paraná, e bastante motivada, Jaque Nunes retoma a rotina, onde se preparara para a Libertadores de Futsal Feminino 2023, onde o Stein é cabeça de chave do Grupo B. A competição acontece mês que vem no Paraguai. “Agora voltamos, foco total que sábado já temos jogo em casa. Meu maior objetivo é manter o que fizemos na temporada passada e ganhar essa tão sonhada Libertadores, trazer ela para o Brasil, para a cidade de Cascavel, para o time do Stein”, disse a Globo Esporte.

Trajetória na competição

Logo na fase de grupos, a Seleção Brasileira atingiu a marca de 13 gols marcados e nenhum sofrido. O feito veio com as vitórias por 5 a 0 em cima da Bolívia e por 8 a 0 sobre a Bélgica. Na semifinal, contra a Venezuela, a partida foi mais disputada, o que não impediu, no entanto, um novo triunfo da Seleção: 2 a 0.

(Reprodução).

Com o placar de 4 a 0 na final contra o Paraguai, a equipe finalizou o campeonato com 19 gols marcados e nenhum sofrido, numa demonstração da força do seu ataque e da eficiência da sua defesa.

Visibilidade para o futsal feminino

O Torneio Internacional de Futsal Feminino de Xanxerê reuniu  90 atletas da Bélgica, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil. Os jogos foram realizados Arena Ivo Sguissardi, com entrada gratuita, e transmitidos ao vivo pelo canal Sportv. A final, no domingo, foi  transmitida ao vivo pela Rede Globo no programa Esporte Espetacular. “Foi muito importante para mostrarmos a força do futsal feminino em si, a força do Brasil na modalidade, e o prestígio que foi ter a Globo transmitindo ao vivo o nosso futsal feminino. Isso foi muito importante para a modalidade. É isso que nós buscamos, mais visibilidade”, ressaltou a esportista, ao GE.

Próximo compromisso da seleção

Conforme o site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Seleção Brasileira tem um compromisso importante em setembro: a CONMEBOL Copa América de Futsal Feminino. As atletas devem começar a preparação no dia 16 de setembro para ir em busca de mais um título.

Origem no futsal em Adamantina

Jaque Nunes joga futsal desde os nove anos de idade,  em uma reportagem sobre a contratação da atleta adamantinense pela equipe do Stein, ocorrida no final do ano anterior, em 2020.  “Nasci olhando os meninos jogarem na escola, na rua, na televisão, sempre curiosa para aprender, para brincar com a bola, chutar, fazer igual eles faziam”, lembra. “Ficava encanta vendo eles jogarem”, disse.

Em Adamantina, Jaque estudou nas escolas Teruyo Kikuta e Helen Keller. Ela treinava inicialmente no campo de grama do Jardim Brasil, com os meninos, juntamente com o professor Ricardo Andradina. Treinava com os meninos, também, na quadra de futsal do Ginásio de Esportes, com o professor Rafael Mortari. E ainda no Estádio Municipal, com o professor Luís Otávio. “Jogos e treinos era todos com meninos. Somente eu de menina no meio deles”, lembra.

(Reprodução/Instagram).

Sua primeira oportunidade fora de Adamantina surgiu aos 13 anos de idade – quatro anos após ter iniciado no esporte – quando foi fazer um teste no clube Balcam, em Balneário Camboriú (SC). Depois disso, integrou o elenco de Itajaí (SC) em 2014, da equipe Balcam, em Camboriú, de 2015 a 2018, e do Female Futsal, de Chapecó (SC), nos anos de 2019 e 2020.

No final de 2020 passou a defender a camisa do paranaense Stein, de Cascavel. “Fico muito feliz em fazer parte desse grande clube. Acredito que eles me contrataram porque acreditam no meu trabalho e no meu potencial. Espero contribuir dentro das quatro linhas, e fazer uma grande temporada”, disse na ocasião.

Fonte: Siga Mais

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