4 de agosto de 2023

Centro Universitário de Adamantina desenvolve trabalho de qualidade da compostagem em conjunto com a UFV

Centro Universitário de Adamantina desenvolve trabalho de qualidade da compostagem em conjunto com a UFV
O projeto conta com a participação efetiva de professores, técnicos de laboratórios, engenheiros agrônomos e estudantes

Reduzir o tempo de compostagem e melhorar a qualidade do produto final são os principais desafios na produção de fertilizantes orgânicos e organominerais. No processo de compostagem, o material orgânico é degradado por microrganismos aeróbicos. Por isso, a manipulação desses microrganismos influencia a degradação do material. A inoculação de bactérias eficientes na degradação de material orgânico proporciona uma mudança na dinâmica do processo de compostagem.

Neste sentido, o Centro Universitário de Adamantina desenvolve um projeto de pesquisa com o objetivo de avaliar o efeito da inoculação bacteriana durante o processo de compostagem, na diminuição de tempo e aumento da qualidade do adubo produzido. Na segunda fase, será avaliado o crescimento de plantas com metabolismo fotossintético C3 (soja) e C4 (milho) em resposta à aplicação dos compostos orgânicos.

O trabalho conta com o Termo de Cooperação Técnica entre o Centro Universitário de Adamantina, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG), representada pela pró-reitora Prof.ª Dra. Márcia Zilioli Bellini, e a Universidade Federal de Viçosa (UFV), de Minas Gerais, representada pela Prof.ª Dra. Lilian Estrela Borges Baldotto, do Instituto de Ciências Agrárias do Câmpus Florestal, para desenvolver o Projeto intitulado “Aceleração e qualidade da compostagem de resíduos orgânicos com inoculação bacteriana”, de acordo com o plano de trabalho estabelecido pelo pesquisador responsável, Prof. Dr. Vagner Amado Belo de Oliveira, do Centro Universitário de Adamantina.

Para isso, foram selecionadas seis estirpes solubilizadoras de amido, lignina, celulose, proteína, queratina e solubilizadoras de fosfato, avaliadas no laboratório de microbiologia da instituição, que apresentaram melhor crescimento “in vitro”, através da turbidez das colônias amilolíticas (UFV-LAM 9), lignolíticas (UFV-LL15), celulolíticas (UFV-CEL 1) solubilizadoras de fosfato (UFV-SOF 8), e uma aleatória proteolítica (UFV-LPR 2) e outra queratinolítica (UFV-LQR 4) na reativação microbiana em meio de cultura Dygs, e devem ser avaliadas em campo a capacidade delas na aceleração e qualidade da compostagem de resíduos orgânicos quando inoculadas com essas bactérias específicas, portanto, os dados obtidos ainda estão sendo coletados.

Segundo o Prof. Vagner, este projeto de pesquisa em andamento foi possível graças ao projeto “Produção de Compostagem a partir de resíduos de poda urbana e resíduos de alimentos em Adamantina” promovido pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEXT), representada pela pró-reitora Prof.ª Dra. Liliana Martos Nicoletti Tóffoli. O trabalho é executado pela Prefeitura através da equipe da ex-aluna da Casa, a engenheira agrônoma Débora, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e Meio Ambiente (SAAMA), iniciado por ocasião do Projeto Produção Resiliente de Alimentos, frente às mudanças climáticas, parte do Programa Euroclima+ (União Europeia), GIZ e Expertise France.

O Projeto de Pesquisa, hora em desenvolvimento, conta com a participação efetiva de professores, técnicos de laboratórios, engenheiros agrônomos e estudantes de graduação.

Dentre os participantes da equipe, estão o Prof. Dr. Délcio Cardim, responsável pelas análises estatísticas, do estudante João Vitor Piveta, bolsista e coordenador responsável do projeto, e demais alunos (em torno de 20 estudantes), além dos laboratoristas, Rodrigo Renolfi Erler (microbiologia) e Fernando Passos (solos/bromatologia), e aos engenheiros agrônomos egressos desta Casa, Mateus Batista Tavares (Laboratório de Solo-Planta/Camda), e Débora Simone Queiroz Cecílio, da SAAMA, responsável pelo pátio de compostagem da Prefeitura de Adamantina.

“Nossos agradecimentos ao reitor do Centro Universitário de Adamantina, Prof. Dr. Alexandre Teixeira, ao Prof. Dr. Paulo Roberto Rocha Júnior, coordenador geral de Pesquisa, e Prof. Me. João Paulo Gelamos, coordenador de Exatas e Agrárias da PROEXT, ao Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (CNPq), e a todos que têm colaborado para a execução deste projeto, em especial aos alunos pela proatividade e entusiasmo com o projeto de pesquisa e extensão, aos técnicos e demais funcionários da Instituição, e aos funcionários do Pátio de Compostagem da Prefeitura de Adamantina”, ressalta o Prof. Dr. Vagner Oliveira.

 

Por Jéssica Nakadaira

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