23 de maio de 2024

Sem Respostas

Sem Respostas

A última estação, um final de linha,

Um ponto final, após a última frase

O que há por trás da imagem de uma tela fria?

A espera da liberdade ou do juízo final?

Afinal, o que se espera?

Amarras pesadas demais, consomem a esperança,

ou acumulam forças, para em um momento se fazer uma aliança,

Com a vida, com a próxima parada, com a última janela aberta.

É pular da ponte sobre o rio, em busca de uma possibilidade

É desejar resistir ao frio, acordar em uma praia deserta

Livre das grades, dos muros, da opressão

Ou da morte certa.

O pensamento tem asas,

e ninguém consegue cortá-las.

O corpo pesa,

Mas a alma voa! Enquanto houver esperança,

Portanto, é esse o último ponto de resistência.

Acreditar, com aquele sentimento criança,

Que insiste em sonhar,

Em acumular vivência.

A dor é evidente,

O mundo chora e sangra,

Está doente!

Ferido de morte,

Entregue a própria sorte,

Aqui tristemente retratados

Pela Rússia e ucrâniaIsrael e Palestina,

Pela fúria, pela ganância

À destruição se destina.

O choro de crianças palestinas

Encharcaram o mundo,

No calor, no frio,

Não se esquece um segundo.

Levarão para toda a existência

O som do genocídio,

Arrancadas de sua infância

Cercadas por armas. Num presídio.

Qual a razão dessas vidas?

Ou de tantas mortes sofridas?

 

 Solange Lisboa

22/05/2024

@sollisboapoeta

[email protected]

 

 

 

 

 

 

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