18 de março de 2022

Rotatória da Lagoa Seca: Promotoria investiga e não vê irregularidades; local poderá receber radares

Rotatória da Lagoa Seca: Promotoria investiga e não vê irregularidades; local poderá receber radares
Concessionária busca autorização para colocar fiscalização eletrônica de velocidade no local.

Cenário de frequentes acidentes rodoviários, a rotatória na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, altura do km 596+600, em Adamantina, que dá acesso à Rodovia Plácido Rocha/Bairro Lagoa Seca, poderá ter equipamentos de fiscalização eletrônica de velocidade, hoje fixada em 40 km/l no local.

A informação foi obtida pelo SIGA MAIS na última quinta-feira (10) junto à Concessionária Eixo SP, em resposta – por meio de nota – aos questionamentos sobre a frequência de acidentes no local. Os radares para fiscalização eletrônica de velocidade, se autorizados, deverão ser instalados nos dois sentidos da rodovia, nas proximidades da rotatória, o que ainda depende de autorização do DER-SP (Departamento de Estradas de Rodagem) e ARTESP (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo).

Com esse recurso tecnológico a expectativa é que haja redução de acidentes. O comportamento de motoristas, na condução de veículos em velocidade acima do limite, nesse trecho, pode ter relação com a frequência de acidentes, a maioria tombamento envolvendo veículos de carga.

O local tem placas de sinalização nos dois sentidos, informando a velocidade máxima de 40km/h.

A Concessionária também informou que monitora as rodovias que administra e constata haver redução de acidentes no local. “Dados do policiamento rodoviário apontam que em 2019 houve 13 acidentes no local, criticidade reduzida após a o início da operação da Concessionária, em junho de 2020 – foram quatro ocorrências em 2021 e zero nos meses de janeiro e fevereiro de 2022”, diz a Eixo-SP.

Já na primeira semana de março deste ano, porém, um novo tombamento de caminhão voltou a ocorrer no local. O veículo de carga tombou, provocando danos materiais. Nenhum dos ocupantes do veículo se feriu.

Relatório do Ministério Público cita imprudência e excesso de velocidade

Em fevereiro de 2020, antes do início da concessão da rodovia, a frequência de acidentes nesse trecho foi levada pela Câmara Municipal de Adamantina ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), junto à Promotoria de Justiça local, por meio de representação proposta pelos vereadores Acácio Rocha (com mandato à época) e Alcio Ikeda. Após perícia requisitada aos peritos da Polícia Científica, o MPSP constatou que não foram identificadas irregularidades no pavimento e sinalização que pudessem ter relação com os acidentes.

No laudo, conforme descreve o MPSP no documento que justifica o arquivamento do caso, os peritos atestaram que “a pavimentação da rodovia em questão, no trecho do Município de Adamantina, encontra-se “em bom estado de conservação” e que a rotatória possui sinalização adequada, além do que o local possui velocidade máxima permitida de 40 km/h”. Sem irregularidades na área apontada, o caso foi arquivado.

Em outro trecho do mesmo documento sobre o arquivamento do caso, o MPSP cita imprudência e excesso de velocidade. “Contudo, ao que tudo indica, os acidentes noticiados no KM 596 da Rodovia João Ribeiro de Barros devem-se à imprudência de alguns condutores, que, no mais das vezes, transitam em velocidade acima da permitida para o local”, diz a Promotoria de Justiça local.

O MPSP comenta também os registros da imprensa sobre os acidentes na rotatória. “Como se vê das matérias jornalísticas anexadas à Peça de Informação, os acidentes, em sua grande maioria, envolvem veículos de carga, os quais necessitam imprimir velocidade baixa para conseguir realizar o trajeto da rotatória, sob pena de saírem da pista de rolamento e tombarem”, narra. “Assim, verifica-se que o local conta com malha rodoviária em bom estado, sinalização adequada e limite de velocidade compatível, não se constatando qualquer irregularidade, pelo que não se pode atribuir ao Poder Público a responsabilidade pela imprudência/negligência dos condutores”, constatou a Promotoria, no documento de 22 de setembro de 2020.

 

Fonte: Siga Mais

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