Recordações Ferroviárias de Ourinhos-SP…
Sérgio Barbosa
“A juventude é o tempo de alcançar a sabedoria, assim como a velhice é o tempo de praticá-la” (Rousseau)
Aos Ferroviários de Ourinhos, dedico!
Sérgio Barbosa (*)
De acordo com o Livro da Sabedoria, “tudo é vaidade”, porém, recordar o passado pode trazer muitos desencontros com o tempo deste mesmo tempo para um outro tempo do tempo neste tempo…
Assim, quando era apenas um menino na minha cidade natal, Ourinhos, pode-se afirmar que “era feliz e não sabia…”, mesmo assim, as recordações daquele tempo traz o passado para o presente, talvez, como disse o analista, “sintoma da idade”…
Mas, o pensado do outro tempo afirmou: “penso, logo existo”, desta forma em meio a desinformação quanto ao futuro próximo, pode-se buscar no passado aquilo que se perdeu no presente sem futuro…
Por exemplo, quando fico acompanhando na mídia em geral com ruídos específicos deste e do outro lado sobre “a volta da ferrovia” nestes lados perdidos do interior do interior do interior paulista…
Meu saudoso Pai, “Bastião Barbosa”, era ferroviário, se não me engano, foram quase 31 anos trabalhando, primeiro na RVPSC-Rede de Viação Paraná – Santa Catarina, depois, RFFSA-Rede ferroviária Federal S/A em Ourinhos…
Meu Avó, “Antonio Francisco Barbosa”, pai do meu pai, também, era ferroviário desta mesma empresa, bem como, meus tios, “Antonio Francisco Barbosa Filho” e “Nelson Barbosa”, todos se aposentaram como ferroviários, ainda, meu irmão mais velho, Celso Francisco Barbosa…
Desta família de ferroviários, lembro que foram muitas as conversas sobre fatos que ocorreram por causa disto ou daquilo nas idas e vindas para o “trabalho” nas Linhas ferroviárias em Ourinhos e região…
Neste cenário “in memoriam”, tendo em vista que todos os nomes registrados neste texto já embarcaram para o outro lado do tempo sem o tempo, acredito que o debate sobre o retorno da ferrovia nestes lados de “bitola larga”, não passam de fantasias, ainda, que buscam trazer o fantasma deste patrimônio que “quase não existe mais”, tendo em vista as decisões políticas que acabaram com a malha ferroviária do “País do faz de conta…” por meio da famosa “Privataria tucana”…
Que o espírito desta irmandade dos ferroviários ourinhenses, bem como, destes lados da região denominada de “Alta Paulista”, possam abençoar os novos desafios para a ferrovia deste novo tempo novo, todavia, o passado continua mais presente no que nunca, talvez, com a esperança de que no futuro, talvez, as próximas gerações possam ouvir o “apito do trem”…
Ave Antonio Francisco Barbosa, Sebastião Francisco Barbosa, Celso Francisco Barbosa, Antônio Francisco Barbosa Filho e Nelson Barbosa (in memoriam”)!
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(*) jornalista diplomado.
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