15 de maio de 2024

Espelhos, relógios e pés de coelho

Espelhos, relógios e pés de coelho

 

Parece que foi hoje, mas o dia termina,

E lá se vão quarenta anos,

Passados num espelho embaçado,

Num piscar de olhos, no virar a esquina.

 

No bater à porta, no velho relógio parado.

Na cidade que muda e se renova

No coração apaixonado,

Ouvindo música da bossa-nova.

 

Querendo voltar o tempo,

Mas o tempo segue em frente,

Nem se importa com a gente

Pouco se dá, se estás triste ou contente.

 

Sempre lhe apresenta lembranças e espelhos,

As primeiras lhe fazem reviver

E o segundo, lhe dá um conselho:

Enxugue esses olhos vermelhos.

 

Na vida há muitas portas fechadas

E, ter sorte. Adivinha? Como diz Azirio Cardoso:

Não tem pé de coelho, nem abracadabra

Confie mais num pé de cabra!

Solange Lisboa

18/12/2023

Escritora/poeta

@sollisboapoeta

[email protected]

 

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