17 de dezembro de 2025

Prudência prevaleceu na última reunião do Copom do ano, diz FecomercioSP

Prudência prevaleceu na última reunião do Copom do ano, diz FecomercioSP

Inflação dos Serviços e política fiscal do governo impediam Banco Central
começar ciclo de cortes na taxa básica de juros do País
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), manteve a
prudência ao manter a taxa básica de juros do País, a Selic, em 15% ao ano
(a.a.), apesar de expectativas de redução dadas pelo mercado. Na leitura da
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São
Paulo (FecomercioSP), o comitê preferiu usar a tática de recuperação segura
da economia em vez de arriscar.
Na verdade, os dados apontam para sinais econômicos divergentes. Enquanto
os juros altos já parecem estar produzindo o efeito desejado de esfriar a
demanda, deixando o consumo das famílias praticamente estagnado, por outro
lado, o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre cresceu só 0,1% em
comparação com o período anterior. Além disso, as projeções de inflação para
este ano foram revisadas para 4,43% — dentro do limite máximo da meta
(4,5%).
No entanto, há indicadores ainda acendendo alertas.

Ao analisá-los, o Copom parece ter entendido que baixar a Selic pode ser um
movimento arriscado, como o aspecto fiscal: a política de gastos do governo se
mostra cada vez mais expansionista, com a ampliação da isenção do Imposto
de Renda (IR) aprovada e os descontos que devem injetar quase R$30 bilhões
na economia. A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 também prevê aumento
de despesas, reforçando a percepção de que a política fiscal segue na direção
oposta à monetária.
Outro tópico sensível é a inflação dos Serviços, que permanece pressionada.
Mesmo com sinais de alívio nos preços de bens industrializados, o setor segue
caro por causa do mercado de trabalho aquecido.

Para a FecomercioSP, há um impasse que se intensifica: ainda que surjam
sinais de desaceleração econômica, um corte apressado poderia obrigar o
comitê a elevar os juros novamente no futuro próximo, prejudicando a
credibilidade da entidade. Por outro lado, manter a Selic elevada implicaria, de
fato, em custos ao crescimento e ao emprego.
Diante do cenário complexo, o mais indicado era que a prudência
prevalecesse. O BC precisa do compromisso mais claro do governo no campo
fiscal e quanto ao setor de Serviços. Sendo assim, esperar mais um pouco era
a garantia de que, quando os cortes vierem, serão sustentados sem recuos
desnecessários.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o
desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo,
mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções,
elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que
afetam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que
respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram
em torno de 10 milhões de empregos.

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