Presos há quase um mês no MT, adamantinenses permaneceram em silêncio sobre a morte de amigo
Delegacia de Polícia de Sorriso (Imagem ilustrativa/Bruno Bortolozo/TV Centro América).
Investigados pela morte do adamantinense Everton Marcelo dos Passos, popular “Xuxa” ou “Xuxinha”, no Mato Grosso, os dois adamantinenses presos desde o dia 10 de setembro naquele estado permaneceram em silêncio sobre a morte do amigo, no transcurso da investigação policial. A informação foi obtida nesta segunda-feira (4), junto à Polícia Civil de Mato Grosso.
A reportagem fez contato com a assessoria de comunicação social da estrutura policial, que respondeu por e-mail às solicitações do portal de notícias. As investigações são conduzidas pelo delegado Eugênio Rudy Junior, titular da Delegacia da Polícia Civil de Sorriso (MT).
Os dois adamantinenses foram presos no dia 10 de setembro pela Polícia Civil de Mato Grosso, em Comodoro (MT), onde se apresentaram às autoridades, acompanhados de advogado. Contra os dois, em razão de investigações iniciadas quando do desaparecimento de Xuxinha e que apontavam para a possível participação da dupla, havia dois mandados de prisão temporária requeridos pela Polícia Civil de Sorriso e autorizados pela Justiça. Ao se entregarem, os mandados foram cumpridos.
Quatro dias depois de presos em Comodoro, os dois foram transferidos para Sorriso, onde tramita o inquérito policial que investiga as circunstâncias e responsabilidades pela morte de Xuxinha. “Os dois investigados foram transferidos da cidade de Comodoro, onde se apresentaram acompanhados de advogado e tiveram os mandados de prisão temporária cumpridos. Ambos estavam fugindo para o estado de Rondônia. Eles foram posteriormente recambiados para Sorriso, onde estão custodiados na unidade prisional local”, narra a nota da Polícia Civil de Mato Grosso.
O corpo da vítima foi encontrado no mesmo dia 10 de setembro, pela manhã, em um rio na cidade de Ipiranga do Norte (MT), município fica cerca de 60 km de Sorriso. Xuxinha era tido como desaparecido desde o dia 6 anterior, véspera do feriado da Independência, inclusive com mobilização nas redes sociais na tentativa de localizá-lo. Os dois rapazes, depois presos e investigados pelo possível envolvimento no crime, também estavam desaparecidos, até o momento em que se apresentaram em Comodoro.
Em silêncio
Conforme informou a Polícia Civil de Mato Grosso, os dois adamantinenses presos devem responder pelos crimes de homicídio qualificado (motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima) e ocultação de cadáver.
Em interrogatório, segundo a Polícia Civil mato-grossense, “os investigados permaneceram em silêncio, e em nada colaboraram com o esclarecimento do crime”.
De acordo com a assessoria de comunicação social, o inquérito policial sobre o caso deve ser concluído em dez dias após a decretação da prisão preventiva, cuja representação foi encaminhada nesta segunda-feira (3) pela autoridade policial à 1a Vara Criminal de Sorriso. O inquérito finalizado deve ser remetido na sequência ao Poder Judiciário.
Ao final da resposta recebida, o delegado pontua sobre a investigação do caso e justificou o pedido da prisão preventiva dos investigados, apresentado no início desta semana ao judiciário estadual. “Como resultado dos trabalhos investigativos, inclusive as missões em campo, análise de informações e depoimentos, a equipe da Divisão de Homicídios da Delegacia de Sorriso apurou elementos que apontam os dois investigados como autores do homicídio e da ocultação do cadáver de Eeverton Marcelo dos Passos. Diante de tudo o que foi demonstrado, torna-se indispensável a decretação da prisão preventiva a fim de preservar o trâmite processual. Os investigados, após a prática do crime, empreenderam fuga da Comarca de Sorriso, e apenas se entregaram para tentar esvair o grau de culpabilidade dos atos praticados, e jamais para tentar colaborar com a investigação, tanto que quando tiveram a oportunidade, resolveram permanecer em silêncio. Além disso, importante mencionar que os investigados estavam morando em Sorriso há pouco tempo, logo, se forem colocados em liberdade, poderão empreender fuga novamente, dificultando, no futuro, a aplicação das sanções penais”, pontuou o delegado Eugênio Rudy Junior, conforme a nota.
Fonte: Siga Mais