Presos fazem agentes e professor de reféns na Penitenciária de Junqueirópolis
Com capacidade para 873 presos, Penitenciária de Junqueirópolis abriga 1.632 detentos (Reprodução/Sifuspesp). Com capacidade para 873 presos, Penitenciária de Junqueirópolis abriga 1.632 detentos (Reprodução/Sifuspesp).
Grupo foi liberado rapidamente e não sofreu ferimentos graves
Um professor e dois agentes de segurança penitenciária (ASPs), foram mantidos reféns por três detentos da Penitenciária de Junqueirópolis na tarde desta quarta-feira (15).
De acordo com informações de funcionários da unidade, os presos se esconderam sob uma escada, na escola da penitenciária, rendendo os três homens que passavam por ali.
De posse das chaves, os sentenciados conseguiram chegar até o portão da muralha, onde foi feita a negociação e os reféns liberados após cerca de meia hora.
Os agentes e o professor sofreram escoriações leves e nenhum ferimento grave, mas a situação traumática inspira cuidados com relação à saúde psíquica dos envolvidos.
Ambos foram encaminhados à Santa Casa de Junqueirópolis e liberados. De qualquer forma, diretores do SIFUSPESP (Sindicado dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), na região devem comparecer à unidade para prestar assistência aos servidores envolvidos.
Já os presos foram identificados e transferidos para a Penitenciária I de Venceslau e um procedimento disciplinar aberto pela diretoria-geral da unidade para apurar a ocorrência.
A tranca dos demais sentenciados foi feita sem mais nenhum tipo de transtorno e as atividades na unidade retomadas normalmente.
A penitenciária de Junqueirópolis registrou no último dia 9 de abril um caso grave de agressão, quando um preso usou um objeto perfurante para ferir um funcionário, que felizmente se recupera bem.
A unidade está com 1.632 presos atualmente, ante uma capacidade para 873. Em abril, quando aconteceu a agressão anterior, a população era de 2.172. Nos últimos meses, Junqueirópolis vem passando por um processo de transição para celas automatizadas, o que desativou um dos raios da unidade.
Por: Giovanni Giocondo | Portal Sifuspesp
Redação – Kako de Oliveira