13 de março de 2023

Polícia de Tupã aborta plano de ataque em escola na cidade. Adolescente foi rastreada pelo serviço de inteligência americano

Polícia de Tupã aborta plano de ataque em escola na cidade. Adolescente foi rastreada pelo serviço de inteligência americano

A Polícia Civil realizou na sexta-feira (10) uma operação após descobrir os planos de uma adolescente de realizar ataque em escola na cidade de Tupã. A jovem planejava o crime por não suportar mais bullying praticado pelos colegas.

A primeira operação feita pela Polícia Civil reuniu investigadores do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo e equipes de Tupã. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara da Infância e Juventude de Tupã.

A investigação, que corre em segredo de Justiça foi iniciada após interceptação de conversas trocadas por adolescentes em redes sociais, e foi acompanhada pelo serviço de inteligência americano.

Operações semelhantes foram realizadas nos municípios de São José dos Campos e Caçapava.

Conscientização contra as práticas de bullying

O Março Laranja busca estimular campanhas educativas e informativas na sociedade para obter a conscientização e a prevenção contra o bullying. Todas as formas de violência escolar violam os direitos fundamentais à educação, uma vez que a prática dessas agressões podem afetar a saúde e o bem-estar das crianças e dos adolescentes, com consequências negativas que podem persistir até a idade adulta.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 40% dos estudantes adolescentes admitiram já ter sofrido com a prática de bullying. O psicólogo clínico do Núcleo de Atenção ao Servidor (NAS), Demétrio Reis, assegura que a constante manutenção de agressões, a vítima poderá ter uma vida afetada drasticamente. “Um dos principais sintomas, é a perda da autoestima, da autoconfiança, podendo desencadear, em alguns casos, a depressão, ansiedade e síndrome do pânico”, explica.

O psicólogo também chama a atenção para situações em que a vítima do bullying transfere as agressões recebidas para outra pessoa do grupo mais frágil, ou seja, ele alvo se torna também um agressor.

Quem faz bullying é uma pessoa que não consegue verbalizar seus próprios conflitos, seus próprios questionamentos e, como consequência, direciona esse estado de confusão a outra pessoa do grupo em forma de ameaça ou agressão. “O agressor quer ser popular, quer obter uma boa imagem de si, quer ter poder e nessa busca ele se satisfaz com o sofrimento do outro. Além disso, deixa de ser alvo”, explica.

Orientação

Ainda de acordo com o psicólogo Demétrio Reis, os especialistas recomendam que os pais, professores e superiores identifiquem a situação de bullying, pois assim, tenta-se compreender a origem das agressões. “O primeiro passo é a identificação dos adultos nestas situações, o segundo passo, é abrir o campo de diálogo com a vítima e o agressor, incentivando o respeito às diferenças, uma vez que o cuidado deve ser tanto para a vítima quanto para o agressor”, destacou.

Em caso de dúvidas sobre como abordar o tema, as pessoas podem buscar ajuda de um profissional psicólogo(a) em um serviço de saúde ou de ensino superior com oferta de atendimento psicológico.

 

Fonte: Tupaense

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