17 de março de 2022

Pequenos passos que ajudam nas crises

Pequenos passos que ajudam nas crises

Quero falar com você sobre a importância de dar pequenos passos diante da crise. Quando nós falamos em crise financeira, política ou econômica, muitas vezes nós a descrevemos com imagens globais, ou seja, ela abrange o mundo inteiro. E da mesma forma, nós pensamos que a crise só poderia ser superada com soluções globais. Quando se trata de crises políticas ou econômicas, isso de certa forma é verdade. O que é preciso é procurar novas regras que sejam válidas para todos os países. No entanto, isso não é válido para a maneira que eu, pessoalmente, respondo à crise que me encontro por causa da crise global. Ou seja, existem soluções que são globais, mas eu tenho que dar conta da minha vida aqui, onde estou. Tenho que dar conta da minha crise pessoal, daquilo que a crise envolve e representa sobre mim mesmo. Eu não tenho como solucionar, pessoalmente, a crise mundial; pelo contrário, eu preciso considerar os passos que devo dar para responder a minha crise individual.

E nesse caso é bom ser modesto e pensar em passos pequenos, ao invés de quebrar a cabeça em busca de soluções para a crise no mundo. Um desses pequenos passos poderia ser planejar as próximas férias com modéstia, desistir de viagens que sejam caras, pensar em algo de acordo com a minha realidade. Um outro passo, por exemplo, poderia ser a análise das despesas domésticas, meu consumo de energia é adequado ou eu poderia economizar um pouco mais, os hábitos alimentares da família são realmente bons ou estamos gastando demais nesse aspecto? Não seria possível simplificar alguma coisa nesse sentido? Talvez isso também fosse bom para minha saúde.

Por isso, eu mesmo posso dar pequenos passos, eles me levam ao movimento. Quando olho fixamente apenas para a crise, permaneço parado e não tenho nenhuma ideia de como eu poderia reagir. Se, no entanto, eu der o primeiro passo, por pequeno que seja, alguma coisa começa a se movimentar em mim. Então eu sinto que não estou simplesmente entregue à crise, mas que eu posso reagir ativamente a ela. Ao me movimentar, também ocorrerão outros passos que eu poderia dar. Em todo caso, o movimento ativa a minha reflexão, a minha criatividade, e isso produz em mim uma sensação boa, de que eu não estou dominado pela crise, mas que eu estou reagindo a ela. Caro leitor, esses pequenos passos são importantes. Não fiquemos reclamando o tempo todo. Busquemos dar passos e encontrar soluções. Pensemos nisso!

 

 

Padre Ezequiel Dal Pozzo

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