21 de setembro de 2022

OS “RAPAZES” DA ZONA AZUL DESTA PROVÍNCIA DO FAZ DE CONTA…

OS “RAPAZES” DA ZONA AZUL DESTA PROVÍNCIA DO FAZ DE CONTA...
Sérgio Barbosa

 “Não importa a função, nem salário, nem a empresa em que trabalha… Todo emprego é digno e todo trabalhador merece conquistar seus maiores sonhos!” (Tainã Felipe Cerny)

 

 

Sérgio Barbosa (*)

 

Ao JAIR C., dedico!

 

Nas ruas provincianas o vai e vem dos veículos deixam suas marcas no asfalto, claro, os buracos atrapalham, porém, isto e mais aquilo ajuda nas marcas do tempo, quando asfaltar a cidade era uma marca registrada para o poder público local…

Mas, tudo passa neste mundo diz o dito popular neste novo tempo, mesmo assim, vale a pena registrar o olhar de um garoto perdido numa rua qualquer do centro com seus vales de zona azul e nada mais…

O jaleco é azul, tal como a tal zona azul, gostaria de saber porque azul e não amarela ou até mesmo vermelha, pra mim, não sendo verde serve qualquer outra cor pintada nas sarjetas de uma rua central provinciana…

A semana demora a passar, depende sempre do movimento diário deste ou daquele local, o que vale é a correria para checar se o tal motorista colocou a “folha azul” ou não, caso contrário pode-se levar uma bronca do supervisor e sua caneta censora para marcar a falta do dia em tempo de crise de movimento punitivo, afinal de contas, aquele motorista não colocou o sinal pelo uso do espaço físico sinalizado pela cor azul na tal sarjeta.

A roupa é a mesma de sempre, apenas o jaleco é azul para dar destaque para o motorista desavisado, também, a maioria se faz de desatento com o azul, pelo jeito gostam das outras cores, como escrevi acima, não sendo verde, qualquer outra cor resolve o impasse entre as partes envolvidas na discussão local, ou seja, “só vou ficar cinco minutinhos e nada mais”.

Ah! Claro, sempre se pode dar um jeitinho, além do mais, a tal “lei da vantagem” é o grito da vez para com o “garoto da zona azul” ou até mesmo, “você sabe com quem está falando”, cada qual, do seu jeito quer é dar a volta por cima sem pagar pela sua vez na tal “zona azul”.

Trabalhar é preciso para o “rapaz da zona azul”, os nomes dos mesmos pouco ajuda nesta hora do “vai uma folha senhor” ou “coloca aí que na volta eu pago”, mas tudo complica quando se tem que aplicar a tal lei desta marcação em azul e ponto quase final para fiscal e motorista.

Não se pode deixar de fazer o dever de casa, também, o dinheiro arrecado com o pagamento pela utilização da ‘zona azul’ vai para a instituição mantenedora do projeto, ainda, em tempo de pós-globalização organizacional…

O “rapaz da zona azul” sabe das coisas e tudo mais em meio ao tudo de menos, também, está sempre andando de um lado para o outro no espaço físico pré-determinado pela “chefia” de plantão…

Neste trabalho, deve-se considerar que nem tudo ocorre do jeito que deveria ser ou estar, todavia, a “luta” deve ser diária para os “rapazes da zona azul” desta ou daquela Província do faz de conta…

AVE TRABALHADORES DA ZONA AZUL!

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(*) jornalista diplomado e professor universitário.

e-mail: [email protected]

 

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