16 de julho de 2019

NOAM CHOMSKY: ALÉM DO CONSENSO FABRICADO! – Sérgio Barbosa – Colunista – Opinião

NOAM CHOMSKY: ALÉM DO CONSENSO FABRICADO! - Sérgio Barbosa - Colunista - Opinião

NOAM CHOMSKY: ALÉM DO CONSENSO FABRICADO!

“A propaganda está para a democracia, assim, como a violência está para a ditadura”. (Chomsky)

Rodrigo Sanches (*)
Sérgio Barbosa (**)

Um documentário com mais de 500 horas de filmagens sobre um dos maiores pensadores do século XX, Noam Chomsky, resultou em um ensaio sobre a mídia, formas de dominação, as lacunas da globalização, ciência política e filosofia. “Consenso fabricado – Chomsky e a mídia” lançam um olhar crítico sobre o controle do pensamento em uma sociedade democrática.

Teórico da linguagem e ativista político, Chomsky gerou polêmica na comunidade científica quando desenvolveu regras de uma gramática universal, afirmando que a linguagem humana é resultante de um código genético determinado. Chomsky analisa como a mídia trabalha para controlar o grande público moldando as informações através dos grandes veículos de comunicação. Para ele, “os mesmos que arrancaram os olhos das pessoas são aqueles que reclamam da cegueira”. Chomsky cita como exemplo o jornal Times, que segundo ele “é um bajulador do imperador”.

O ativista norteamericano ataca toda e qualquer utilização de poder. Chomsky resumiu em poucas palavras o poder da propaganda na sociedade contemporânea: “A propaganda está para a democracia assim como a violência está para a ditadura”. “Democracia requer livre acesso a informação e idéias”, afirma. “A imprensa determina, molda, controla e restringe”, reforça. Ele ressalta que a criação da imprensa perturbou a elite dominante, surgindo então o que Chomsky denomina de “Consenso fabricado”, ou seja, técnicas de controle do público através dos meios de comunicação. “Quando não é possível controlar as pessoas pela força e a voz do povo surge, surgem os problemas”, analisa.

A fabricação do consenso fabricado, segundo Chomsky, é o fator responsável pela redução das pessoas a apatia. “80% das pessoas apenas cumprem ordens, não prestam atenção em nada”, destaca o pensador. Ele é contra a idéia de promover personalidades públicas, e critica os grandes conglomerados internacionais que determinam quem irá ocupar os altos cargos do governo. “As pessoas que estão no poder controlam tudo, e as grandes redes de comunicação são veículos manipuladores a serviço dos verdadeiros donos do Estado: os grandes conglomerados multinacionais”.
Portanto, neste contexto além da modernidade midiática deste século XXI, pode-se pensar em ir além da imaginação neste cenário tecnológico, quando as propostas da comunicação estão constantemente em transformação pelas mãos do homem.

A denominada “globalização” por meio da metacomunicação está colocando o mundo em confronto constante com o presente de uma realidade virtual, caracterizando o passado como um ponto distante e próximo do futuro, invertendo os conceitos pré-fabricados do “senso-comum”.

Desta forma, pode-se afirmar que o “consenso fabricado” continua atuando em diversas áreas pela tecnologia digital e criando novos paradigmas para o homem frente à realidade do momento, porém, a mídia marca presença neste cenário da metalinguagem como mediadora deste “consenso fabricado”.

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(*) Publicitário diplomado e Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP e
(**) Jornalista diplomado, Mestre em Ciências Sociais e Religião pela UMESP.

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