8 de setembro de 2020

MP abre inquérito para apurar conduta de tenente-coronel que ameaçou PM ao guinchar carro de vereadora

MP abre inquérito para apurar conduta de tenente-coronel que ameaçou PM ao guinchar carro de vereadora

O Ministério Público abriu um inquérito para investigar um possível ato de improbidade administrativa cometido pela tenente-coronel Márcia Cristina Cristal ao ameaçar um policial de trânsito que guinchou o carro irregular de uma vereadora de Marília (SP).

A denúncia partiu da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Marília Transparente (Matra) e o promotor responsável por abrir a investigação é Oriel da Rocha Queiroz.

A tenente-coronel se envolveu em uma polêmica no mês passado, depois de ligar para o sargento Alan Fabrício Ferreira, repreendendo-o por ter guinchado o carro da vereadora Professora Daniela (PL). Segundo o policial de trânsito, o veículo estava com licenciamento vencido e pneus gastos.

O documento, assinado na última quinta-feira (3), cita trechos do áudio que viralizou nas redes sociais e causou polêmica na cidade. O objetivo da investigação é apurar uma eventual violação a princípios da Administração.

O MP informou que a tenente-coronel, que pediu afastamento temporário do cargo, tem 15 dias para enviar cópias dos documentos relacionados à apreensão do veículo. Depois de receber a documentação, o órgão vai marcar uma data para ouvir o depoimento de todos os envolvidos no caso.

Investigação na Câmara

 

 

 

 

 

Além do MP, a situação também está sendo investigada pelo Comando do Policiamento do Interior da região de Bauru (CPI-4), ao qual é subordinado o Batalhão de Marília, e pela Câmara Municipal de Marília.

Os vereadores abriram uma Comissão Processante (CP) para apurar a conduta da vereadora por suposta prática de tráfico de influência, que pode indicar quebra de decoro parlamentar e terminar na cassação do mandato da vereadora.

Nesta terça-feira (8), foi realizada a primeira reunião da CP, formalizando o início dos trabalhos de investigação. Segundo o presidente da comissão, José Carlos Albuquerque (PSDB), foi expedido um ofício citando a Professora Daniela, para que ela apresente uma defesa e sugira até dez testemunhas, em um prazo de dez dias.

Depois disso, a comissão deve se reunir novamente para fazer a leitura da defesa e discutir a necessidade de mais testemunhas.

No último dia 31, a vereadora prestou esclarecimentos na Câmara e alegou que apenas fez a ligação a tenente-coronel para defender a filha, que estava com o carro, e para pedir uma informação sobre a possibilidade de não ter o carro apreendido.

Fonte: Adamantinanet

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