20 de outubro de 2021

Modelo de testes para Covid-19 que a Saúde de Adamantina usa não detecta variantes

Modelo de testes para Covid-19 que a Saúde de Adamantina usa não detecta variantes
Em agosto do ano passado Adamantina decidiu a realizar os próprios exames.

A metodologia para a realização dos testes da Covid-19, em Adamantina, adotada desde agosto do ano passado pela Secretaria Municipal de Saúde, não permite detectar variantes para a doença.

 

Desde o início da pandemia o município realizava os testes junto ao Instituto Adolfo Lutz, que demoravam no mínimo 72 horas emitir os resultados. Porém, a partir de agosto de 2020 o Município assumiu a realização dos testes em buscas de resultados mais rápidos, o que permitiu maior agilidade para a tomada de decisões visando os cuidados com o paciente e seu tratamento, como também o contingenciamento da doença.

 

O ponto negativo visualizado hoje, da decisão, é que a metodologia de testes realizados pela Secretaria Municipal de Saúde – por imunofluorescência do Antígeno – não permite saber qual o tipo de vírus está circulando no município, por não possibilitar o sequenciamento genético, procedimento que exige o Exame de RT-PCR (padrão ouro), disponível no Instituto Adolfo Lutz. Essa afirmação foi dada pela própria Prefeitura de Adamantina na última sexta-feira (15), em reação às cobranças por informações sobre a possível presença de variantes nesta alta de casos, internações e mortes neste mês de outubro.

 

Apagão

Sem esse detalhamento em mãos e em meio a um apagão de dados mais detalhados e atualizados, essa deficiência pode, eventualmente, dificultar as estratégicas de abordagem e contenção.

 

Com isso, não restou ao poder púbico municipal retomar o envio das amostras biológicas de suspeitos para exames junto ao Instituto Adolfo Lutz, procedimento que passou a ser adotado nesta semana, após realinhamento da Secretaria Municipal de Saúde com o Departamento Regional de Saúde (DRS) de Marília.

 

Variante Delta está na região

Na semana passada o SIGA MAS publicou que a variante Delta está presente em 10 cidades do DRS de Marília (Álvaro de Carvalho, Alvinlândia, Assis, Garça, Ipaussu, Marília, Palmital Paraguaçu Paulista, Salto Grande e Santa Cruz do Rio Pardo), com o total de 49 casos, e em outras 3 cidades do DRS de Presidente Prudente (Anhumas, Presidente Prudente e Santo Anastácio), com 8 casos. Em todo o Estado são 3.026 registros (veja lista completa).

 

Adamantina não aprece na lista, mas isso não é uma condição de conforto. Desde agosto, com a realização de exames locais por metodologia de imunofluorescência do Antígeno, os resultados do Município não comportam o sequenciamento genético para detecção da variante Delta, o que não possibilita saber se essa mutação circula ou não pela cidade.

 

Secretaria Estadual de Saúde se posiciona

Procurada pelo SIGA MAIS, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que desde o início da pandemia o Instituto Adolfo Lutz foi colocado à disposição dos 645 municípios paulistas para diagnósticos de Covid-19, condição que se mantém até hoje. “No Estado, nada mudou”, afirmou a assessoria de imprensa do órgão.

 

Ainda de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, as decisões locais, sobre outras alternativas em relação a exames para detecção da Covid-19, foram tomadas por iniciativas dos municípios.

 

Fonte: Siga Mais

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