24 de novembro de 2020

Maior operação do ano da Polícia Federal, tem mandados cumpridos em Araçatuba

Maior operação do ano da Polícia Federal, tem mandados cumpridos em Araçatuba

A “Operação Enterprise”, a maior do ano, realizada pela Polícia Federal em parceria com a receita Federal em vários estados brasileiros e também na Espanha, Colômbia, Portugal e Emirados Árabes Unidos, teve cumprimento de dois mandados em Araçatuba, em um mesmo endereço, sendo um de prisão e outro de busca e apreensão. O local não foi divulgado pela PF.

 

A reportagem da Folha da Região apurou que no endereço de Araçatuba o procurado não foi encontrado e estaria viajando. No local as equipes apreenderam dois documentos de transações imobiliárias que serão juntados à investigação.

 

No total foram cumpridos 217 mandados judiciais, sendo 66 de prisão e 151 de busca e apreensão, em uma operação contra tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Os mandados foram cumpridos em cidades do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco, além de mandados na Espanha, Colômbia, Portugal e Emirados Árabes Unidos.

 

Por determinação judicial, R$ 400 milhões em bens das pessoas que são alvos na investigação foram sequestrados, incluindo aeronaves, carros de luxo e imóveis de alto padrão. Durante os mandados foram apreendidos dinheiro, drogas e armas.

 

De acordo com a Polícia Federal, esta operação é considerada a maior do ano no combate à lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e uma das maiores da história na apreensão de cocaína nos portos brasileiros.

 

Ao todo, 670 policiais federais e mais 30 servidores da Receita Federal participaram da ação, e mais de 50 toneladas de cocaína foram apreendidas desde o início das investigações, segundo a PF.

 

Segundo a PF, a investigação durou mais de dois anos e aponta que os dois portos mais usados pelos traficantes eram os de Santos, no litoral paulista, e de Paranaguá, no litoral do Paraná. A droga, ainda de acordo com as investigações, era enviada, em grande parte, para a Europa.

 

O esquema de lavagem de dinheiro envolvia multimilionários no Brasil e no exterior com uso de vários “laranjas” e empresas de fachada, com o objetivo de dar aparência lícita ao lucro do tráfico.

 

Segundo a Receita Federal, as investigações iniciaram a partir de uma apreensão realizada em setembro de 2017, quando 776 quilos de cocaína, que estavam sendo exportados pelo Porto de Paranaguá com destino ao Porto de Antuérpia, na Bélgica, foram apreendidos.

 

A partir dessa apreensão, ainda de acordo com a Receita, a PF instaurou um inquérito policial e os dois órgãos públicos atuaram em conjunto nas investigações até descobrir a organização criminosa.

 

Fonte: Folha da Região

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