28 de janeiro de 2022

Idosos de Adamantina recém mudados ao Rio Grande do Sul são encontrados mortos no quintal de casa

Idosos de Adamantina recém mudados ao Rio Grande do Sul são encontrados mortos no quintal de casa
Suspeita é de que morte tenha sido provocada por raio, durante temporal.

A morte do casal Virginio Fernandes de Carvalho, de 86 anos, e Genaide da Silva Carvalho de 83, que até cerca de um mês atrás eram moradores de Adamantina, chocou a comunidade local. Na noite de quarta-feira (26) eles foram encontrados sem vida no quintal da casa onde passaram a morar com um dos filhos, em Canoas, cidade com cerca de 350 mil habitantes localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Em Adamantina o casal morava nas proximidades do Estádio Municipal. Virginio era aposentado e trabalhou como funcionário público municipal, na função de pintor. A notícia da morte, na cidade, foi repercutida pelo grupo “Somos nós de Adamantina”, no Facebook.

O caso

De acordo com a  Agência GBC de notícias, a ocorrência foi registrada na quarta-feira quando o filho das vítimas acionou a Brigada Militar pelo telefone 190, e uma equipe foi designada para o local. O morador ligou à Brigada após chegar em casa e encontrar os corpos dos pais no quintal do imóvel. Ele disse que saiu pela manhã para trabalhar e os dois ficaram dormindo. No final do dia, ao retornar, encontrou os pais sem vida.

O Samu também foi acionado e enviou uma equipe ao endereço da ocorrência, porém não atestou a morte natural das vítimas.

SIGA MAIS conversa com o delegado do caso

A morte suspeita do casal de idosos foi registrada também pela Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas.

Na manhã desta sexta-feira (28), por telefone, o SIGA MAIS conversou com o titular da DHPP, o delegado Roberto Peternelli Neto. Ele destacou que a unidade policial está empenhada no esclarecimento do caso e disse que os corpos dos idosos foram encontrados sem marcas de violência e o imóvel sem sinais de violação. Esse cenário, segundo o delegado, não revela vestígios de um eventual latrocínio, por exemplo, que é o roubo seguido de morte.

Conforme o delegado, os dois corpos foram encontrados no quintal do imóvel. A perícia também não soube apontar, visualmente, as possíveis causas da morte, o que vai depender da do laudo final a ser produzido pelos peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul.

Descarga elétrica durante temporal é apontada como possível causa

Ele lembra que no dia dos fatos um forte temporal atingiu a cidade de Canoas, situação que pode ter relação com a morte do casal, e é uma das hipóteses investigadas. Conforme o delegado, um exame visual pôde identificar uma lesão na altura do joelho da idosa, projetada para fora da pele, o que seria semelhante a marcas de dissipação de uma possível descarga elétrica. “A marca aparenta queimadura”, diz. Porém, como ressalta o delegado, as informações conclusivas dependem do laudo do IGP.

O laudo com as informações que podem apontar as causas da morte do casal deve ficar concluído entre 30 a 60 dias, quando será possível ao DHPP encerrar as investigações. Além do laudo, a Polícia Civil também deve considerar o depoimento do filho, eventuais testemunhas e as condições do imóvel.

Fonte: Siga Mais

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