Em Flórida Paulista, professora é suspeita de praticar racismo capilar e ofender crianças em creche
Caso foi denunciado por pais e é apurado pelos órgãos responsáveis.
A conduta de uma professora da Creche Municipal Maria Yvonne Fróio, em Flórida Paulista, é alvo de denúncia de pais e apuração pelos órgãos responsáveis, suspeita de ter praticado racismo capilar e ofensas, a crianças de 2 a 3 anos, na unidade de ensino. O caso foi noticiado nesta terça-feira (6) pelo Jornal Folha Regional e repercutiu na cidade e região.
Conforme a reportagem, o problema já estaria ocorrendo há algum tempo, mas tomou proporções maiores nesta semana, quando a professora de educação básica I e que atua como contratada temporária da Secretaria Municipal de Educação de Flórida Paulista, passou a enviar mensagens de áudio e texto para os pais de uma menina de 2 anos e 5 meses de idade, questionando a higiene pessoal, vestimentas e o tipo de cabelo da criança (naturalmente crespo), em um suposto ato de racismo capilar.
Um documento assinado pelos pais, ao qual a reportagem do Folha Regional teve acesso, relata outros casos sobre a conduta da educadora, “incluindo comentários infundados sobre autismo, comentários desrespeitosos, exposições inapropriadas em público, uma situação em que uma criança teria sofrido uma queda após ser tocada pela professora, a falta de preparo para lidar com as crianças, o fato de a profissional ter se referido a um dos alunos como “terrível e insuportável”, além de falta de ética e respeito para com os pais que a procuraram na unidade de ensino”, diz o texto da publicação.
Segundo relatos de pais ao Folha Regional, crianças estão apresentando reações de choro e pavor ao permanecer na sala onde a professora leciona. De acordo com a reportagem o problema foi levado ao conhecimento da diretora da unidade, que prontamente acolheu os pais e adotou todos os protocolos visando saná-lo, além de comunicar à Secretaria de Educação, que deverá tomar as medidas cabíveis ao caso.
A reportagem pontuou ainda que os pais também buscaram o amparo do Conselho Tutelar, Polícia Civil e Promotoria de Justiça, que acompanham o caso.
O que diz o poder público
Nesta quarta-feira (7) o SIGA MAIS procurou a Secretaria Municipal de Educação em Flórida Paulista. Em nota, o órgão informou as medidas que estão sendo tomadas em relação ao caso. “A Secretaria de Educação do Município de Flórida Paulista informa que estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis na busca de preservação dos direitos das crianças, bem como para apuração dos fatos através da instauração do devido procedimento”.
Professora apresenta atestado médico
Na manhã de segunda-feira (5), quando o caso ganhou repercussão – conforme noticiou o Folha Regional – a professora entrou em contato com a direção da creche, alegando estar com conjuntivite e informando seu afastamento por cinco dias mediante atestado médico.
Fonte: Siga Mais