29 de junho de 2020

Dar dexametasona a pacientes graves da covid-19 ‘salva vidas’, diz OMS.

Dar dexametasona a pacientes graves da covid-19 'salva vidas', diz OMS.
Profissionais de saúde tratam de paciente com coronavírus em hospital em Santo André (SP) / Foto: Rahel Patrasso

 

 

 

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou hoje que o corticoide dexametasona “salva vidas” de pacientes graves da covid-19. Um dia antes de se completarem seis meses desde o primeiro caso relatado do novo coronavírus, a entidade estabeleceu cinco novas diretrizes para os países enfrentarem a pandemia. Em uma delas, intitulada “salvar vidas”, Tedros citou o medicamento.

 

“Identificação precoce dos infectados e cuidados clínicos precoces salvam vidas. Dar oxigênio e dexametasona a pessoas com casos graves da covid-19 salva vidas. Dar atenção aos grupos de risco, inclusive aos idosos e pessoas de cuidados prolongados, também salva vidas”, afirmou o diretor.

 

O líder da organização comentou sobre o ressurgimento de casos em países que reabriram a economia e ressaltou que muitas pessoas ainda estão suscetíveis ao novo coronavírus. De acordo com o diretor, a pandemia ainda se estenderá por um longo período.

 

“Muitos países implementaram medidas nunca antes vistas para suprimir a transmissão e salvar vidas. Essas medidas tiveram sucesso, mas não interromperam completamente a doença. O vírus ainda tem muito espaço para se disseminar. Todos queremos o final disso. Todos queremos que a vida continue. Mas a dura realidade é: não estamos nem próximos do final. Embora vários países tenham progredido, globalmente a pandemia está acelerando”, alertou.

 

Além do tópico sobre preservação de vidas, a OMS estipulou outras quatro orientações: empoderamento das comunidades, supressão da transmissão, aceleração das pesquisas e liderança política.

 

“Independentemente do estágio em que o país se encontra, essas cinco prioridades, se executadas consistentemente e coerentemente, podem fazer toda a diferença. A questão crítica que todos enfrentarão nos próximos meses é como conviver com esse vírus. Este é o novo normal”, disse Tedros.

 

Fonte: ESTADÃO – Guilherme Bianchini, especial para a AE São Paulo.

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