2 de fevereiro de 2024

Engrenagens de Aço forjadas pelo pobre e mortal Homo Sapiens!

Engrenagens de Aço forjadas pelo pobre e mortal Homo Sapiens!

Enlouquecido e sem perdão.

Se multiplicou,

Escapou das mãos, e fugiu do padrão

Está perdido!

Tudo foi planejado, no entanto, foi corrompido

Saiu do laboratório, pronto para ser usado,

Mas o cérebro humano,

Assim como tem tutano,

Tem um reservatório

Para as loucuras do fulano!

O homem tão preparado,

Achou que, teria o controle de tudo,

Articulado, estruturado,

No entanto, o Homo sapiens

Está totalmente combalido, desanimado.

Os Jovens assustados,

Jogando os dados da sorte,

Tem escolhido muitas vezes a morte.

A natureza terrivelmente afetada.

Os rios, estão secando,

O Oxigênio se esvaindo,

O amor esfriando,

As geleiras derretendo

E as guerras nos destruindo

Física, mental, social

E emocionalmente.

E a pergunta feita diante do espelho:

O que está acontecendo?

O que estamos fazendo?

O eco dessas perguntas

Reverbera,

Quebrando o silêncio do cosmos.

Numa solidão interestelar.

Sem resposta…

Uma intuição suposta,

Nos acusa, nesse reflexo turvo,

Distorcido pela lágrima, que insiste em cair;

Não temos como voltar,

Não dá mais para sair

Criamos engrenagens forjadas pelo

Medo, pelo derramamento

Da seiva das árvores,

Das águas dos rios contaminados,

Dos poços de petróleo,

Das ambições insanas,

Do fulcro avermelhado,

Das veias humanas.

E agora? Diante da Lâmina afiada,

A verde esmeralda é derrubada,

Asfixia, olhar vazio e cansaço,

Sob engrenagens de aço!

 

Solange Lisboa 29/01/2024

Escritora/poeta

@solnlisboa

[email protected]

096 99198-8810

 

 

 

 

 

 

 

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