20 de dezembro de 2023

QUIRIMBABA (Homem Corajoso)

QUIRIMBABA (Homem Corajoso)
Fotografia: Info Amazônia

Os escritores e poetas cantaram aqui

A beleza rara, laureada pelos cocais,

Nossa herança,

Nosso povo de raiz.

 

O impossível amor de Peri e Ceci,

Da tribo guarani!

Iracema da tribo tabajara,

Que o coração do homem branco, abrasara.

 

As Filhas das Florestas, aqui cantadas,

Nem imaginavam que pelo homem branco

Iriam ser caçadas,

Teriam sua gente escravizada e torturada.

 

 

Fugiram de suas terras,

Invadidas por seringueiros,

Exploradores, estrangeiros,

de todas as guerras!

 

O homem branco – Cara, cari, carió

Que os dizimaram sem ter dó,

que suas terras roubaram

Que suas crenças e Deuses, condenaram.

 

 

Vivem no Brasil, como se fossem refugiados

Mas são os donos da terra

Deles são as matas. São filhos da pátria.

O canto, as cores, nessa Terra mátria!

 

Tupã lhes deu esse presente.

Sabedoria, força e vigor.

Têm sido devastados, mas sobrevivem,

Pois foram forjados na dor!

 

Não destruam nosso povo,

Somos deles descendentes,

São nossa gente; são renovo,

Nessa floresta de sobreviventes.

 

Suas mãos trabalham a terra,

Preservam nossas florestas,

Deixem seus filhos nascer,

Não os impeçam de crescer.

 

O olhar inocente e atento, se agita,

Quando essa gente do garimpo grita,

Para lhes escravizar, de suas mulheres abusar,

Lhes tiram a vida, e abrem nas matas, feridas.

 

Não contaminem nossa água,

Não derrubem nossas palmeiras

Nós somos a gente primeira

Habitávamos a terra de riquezas e verdores.

 

Assassinam as matas e nossos defensores,

A natureza geme e grita por socorro.

É nosso clamor, que nesse momento se faz oportuno,

Pelas vidas de Dom Philipe e Bruno!

 

Agora inventaram PL do marco temporal,

Temos 500mil assinaturas contra esse projeto

De quem quer roubar de Maneira legal,

O que pertence aos indígenas, com essa tese inconstitucional.

 

Aceitar esse fato sem se envolver

É no mínimo pecar por omissão,

Calar, ficar indiferente, sem os defender

É esquecer as origens da nossa nação.

 

Como já disse alguém: no Brasil

Somos todos descendentes dessa miscigenação,

Quem não tem sangue indígena nas veias

Talvez o tenha nas mãos.

 

 

Solange Lisboa
@solnlisboa

[email protected]

 

 

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