80% dos pais ou responsáveis de alunos da rede municipal de Adamantina, querem ensino à distância até o final do ano de 2020.
A decisão sobre a volta ou não das aulas presencias na rede de ensino ainda será tomada pelo município.
A secretaria Municipal de Educação de Adamantina, por meio de um formulário eletrônico, junto aos pais de estudantes, constatou que 80% concordam que seus filhos terminem o atual ano letivo com o ensino remoto.
As aulas na rede municipal de ensino estão com atividades presenciais suspensas desde 23 de março, no início das medidas de quarentena, face à pandemia da Covid-19. O calendário já soma 150 dias corridos sem aulas presenciais, que acontecem em formato à distância.
A Secretaria Municipal de Educação também lançou uma pesquisa junto ao corpo docente da rede municipal de ensino, para colher a opinião dos educadores. Os dados ainda não foram divulgados.
Segundo o órgão, os dados finais serão levados para avaliação do Comitê Municipal de Contingenciamento do Coronavírus e ao Conselho Municipal de Educação. Vencidas todas as etapas, o município tomará uma decisão sobre o retorno das aulas na educação municipal.
A rede municipal conta com oito unidades Emeis Ciclo I (creches), três Emeis Ciclo II (pré-escolas – Cemas) e três Emefs.
Cidades têm autonomia para decidir
Na última quarta-feira (19) o Governo do Estado de São Paulo anunciou que as 645 prefeituras paulistas terão autonomia para decidir se vão ou não acompanhar o cronograma previsto pelo Estado para o retorno presencial às aulas nas redes pública e privada. A previsão é que as escolas possam reabrir parcialmente para aulas de recuperação a partir de 8 de setembro.
A Secretária de Estado da Educação autorizou a abertura gradual das escolas nas cidades que estão na fase amarela do Plano São Paulo em duas datas distintas. A partir do dia 8 de setembro, a retomada atenderia apenas alunos com mais dificuldade de aprendizado em atividades de reforço. A retomada efetiva, mas ainda gradual e restrita do calendário letivo, é prevista para 7 de outubro.
Mas o Secretário de Educação Rossieli Soares destacou que os prefeitos podem criar calendários próprios e planos mais restritivos, com base nos dados epidemiológicos regionais. Se uma eventual decisão municipal diferir do calendário proposto pelo Estado, a medida local valerá para todas as escolas públicas e privadas daquela cidade.
“Os municípios têm a possibilidade de fazer vetos por questões de saúde, mas todo o processo desenhado pelo Estado está mantido. Eles não podem autorizar a abertura das escolas antes do dia 8 de setembro”, disse. “Continuamos trabalhando em conjunto com os municípios e os protocolos anunciados nas últimas semanas”, reforçou.
Calendário previsto
Para retomar atividades presenciais a partir de 8 de setembro, as escolas devem estar em regiões que estão há 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo. As unidades podem receber alunos para aulas de reforço, recuperação e atividades opcionais.
Nesta primeira etapa, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, o limite máximo é de até 35% dos alunos em atividades presenciais. Para os anos finais do ensino fundamental e ensino médio, o limite máximo é de 20%.
O retorno oficial das aulas é previsto para 7 de outubro, o que só ocorrerá se 80% das regiões estiverem por 28 dias seguidos na fase amarela do Plano São Paulo. A retomada será gradual e, na primeira etapa, vai atingir até 35% dos alunos.