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“Três doses dão boa proteção contra Ômicron”, diz coordenador de testes da Pfizer

A farmacêutica Pfizer anunciou nesta quarta-feira (8) que seu imunizante contra a Covid-19 é capaz de neutralizar a variante Ômicron a partir da aplicação de três doses. Um novo estudo, realizado pela empresa, demonstrou que a terceira dose da vacina aumenta os títulos de anticorpos contra a doença em 25 vezes, em comparação com as duas primeiras.

A imunização com duas doses perde eficiência contra o contágio com a nova variante da Covid-19, mas ainda é capaz de evitar quadros graves e óbitos. A terceira dose, portanto, é essencial para uma proteção mais eficiente contra a Ômicron.

A Sinovac divulgou no mesmo dia que uma terceira dose da Coronavac amplia em cerca de 20 vezes o nível de anticorpos neutralizantes contra a Covid-19, auxiliando na proteção contra novas variantes, como a Delta e a Ômicron. A informação foi dada pelo cientista Xiangxi Wang, pesquisador do Laboratório de Infecção e Imunidade do Instituto de Biofísica da Academia Chinesa de Ciências.

“Termos um resultado, mesmo que seja preliminar, mostrando que uma dose adicional da Pfizer aumenta consideravelmente a proteção, em especial para a Ômicron, é uma ótima notícia”, disse Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), em entrevista à CNN.

O especialista indica que os resultados para quem tomou as doses iniciais de imunizantes de outros fabricantes devem ser semelhantes. “Nós já tinhamos alguns dados sobre a intercambialidade, o uso de vacinas diferentes na terceira dose, melhorando a resposta imunológica”, explicou relembrando que a recomendação atual do Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde é de que a dose de reforço seja diferente das primeiras duas.

Atualização dos imunizantes

De acordo com Cunha, a necessidade de atualizar as vacinas para combater novas variantes da Covid-19 só será percebida com o tempo. “Todos estamos ansiosos para conhecer mais sobre a Ômicron”, afirmou.

A aparição de novas variantes da doença já era esperada, e a queda da proteção das vacinas contra o contágio também já havia sido observada com o espalhamento da Delta. “Sabemos que enquanto o vírus estiver circulando, as variantes vão aparecer”, explicou.

O especialista reforçou que as vacinas ainda se mostram eficientes no impedimento da evolução de casos graves da Covid-19 e óbitos, e mantêm-se como a forma mais eficaz de combate à pandemia e proteção individual.

“A boa notícia é que as vacinas que temos atualmente, em especial as de RNA mensageiro como a da Pfizer, têm possibilidade mudança e produção rápidas. Se vier a ser necessário atualizar, como fazemos anualmente com a vacina da gripe, os laboratórios têm a capacidade”, esclareceu o presidente da SBIm.

A fabricante da Coronavac, a Sinovac, já confirmou a intenção de atualizar seu imunizante em até três meses, conforme anúncio em simpósio realizado pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa.

Fonte: CNN Brasil

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