A última estação, um final de linha,
Um ponto final, após a última frase
O que há por trás da imagem de uma tela fria?
A espera da liberdade ou do juízo final?
Afinal, o que se espera?
Amarras pesadas demais, consomem a esperança,
ou acumulam forças, para em um momento se fazer uma aliança,
Com a vida, com a próxima parada, com a última janela aberta.
É pular da ponte sobre o rio, em busca de uma possibilidade
É desejar resistir ao frio, acordar em uma praia deserta
Livre das grades, dos muros, da opressão
Ou da morte certa.
O pensamento tem asas,
e ninguém consegue cortá-las.
O corpo pesa,
Mas a alma voa! Enquanto houver esperança,
Portanto, é esse o último ponto de resistência.
Acreditar, com aquele sentimento criança,
Que insiste em sonhar,
Em acumular vivência.
A dor é evidente,
O mundo chora e sangra,
Está doente!
Ferido de morte,
Entregue a própria sorte,
Aqui tristemente retratados
Pela Rússia e ucrânia, Israel e Palestina,
Pela fúria, pela ganância
À destruição se destina.
O choro de crianças palestinas
Encharcaram o mundo,
No calor, no frio,
Não se esquece um segundo.
Levarão para toda a existência
O som do genocídio,
Arrancadas de sua infância
Cercadas por armas. Num presídio.
Qual a razão dessas vidas?
Ou de tantas mortes sofridas?
Solange Lisboa
22/05/2024
@sollisboapoeta
solangeserrao3@gmail.com