Segundo vereador, 8 a cada 10 atendimentos do pronto socorro de adamantina poderiam ser feitos nos postos de saúde
Por ser abrangente e disponível 24 horas por dia, muitas vezes o pronto socorro é utilizado em substituição ao consultório médico, o que não é o ideal, segundo o vereador
Gripe, mal-estar, torções, fraturas ou acidentes. Quando acontece algum problema desses, muitas pessoas têm dúvida por qual serviço de saúde deve recorrer. E isso pode atrapalhar o atendimento de quem realmente necessita.
Os serviços de pronto atendimento, ou pronto socorro, como o próprio nome diz, foram criados para atender rapidamente as pessoas em situações críticas. No entanto, por serem abrangentes e disponíveis 24 horas por dia, muitas vezes são usados em substituição ao consultório médico, o que não é o ideal.
O presidente da Câmara de Adamantina, Éder Ruete (DEM), divulgou relatório de atendimentos da Santa Casa no local no último ano. Dos 53.847 procedimentos realizados no pronto socorro, aproximadamente 85% poderiam ter sido atendidos pelas unidades básicas do Município. “É importante saber a diferença dos locais, entre o pronto socorro e um posto de saúde, pois atualmente, a cada 10 pessoas que procuram o atendimento oito não são casos de urgência”, pontua.
Segundo o relatório, no ano passado o pronto socorro realizou 217 atendimentos classificados como emergência, 5.743 como de maior urgência, 25.333 como de menor urgência, 20.700 procedimentos não urgentes e 1.854, não classificados.
“Por isso é essencial uma atenção básica eficiente para que os atendimentos realizados pelo pronto socorro sejam para quem realmente precisa. E uma alternativa para resolver este problema é ampliação do horário de funcionamento dos postos de saúde, já que o horário de pico é por volta das 19 horas, período em as unidades estão fechadas”, disse Eder Ruete.
Além de Adamantina, o pronto socorro local atende pacientes de Inúbia Paulista, Lucélia, Mariápolis, Flórida Paulista, Pacaembu, Pracinha, Osvaldo Cruz, Salmourão e Sagres.
Amigdalite aguda (dor de garganta), hipertensão, diarreia e gastroenterite de origem infecciosa (intoxicação alimentar), infecção aguda nas vias aéreas (resfriados ou gripes) e dor lombar são as causas mais frequentes de atendimento.
“Os problemas de saúde mais comuns e os exames de rotina devem ser feitos nas unidades de saúde. Já para os casos de urgências, como acidentes, fraturas, infartos o paciente deve ser encaminhado para o pronto socorro do hospital”, explica o presidente da Câmara, que também é biomédico.
Mais uma alternativa ao problema é o CIS (Centro Integrado de Saúde), que ainda necessita de autorização do Governo Federal – sem previsão. O complexo de especialistas da Prefeitura funcionará em prédio construído para abrigar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
No CIS, a população terá acesso aos serviços de fisioterapia, nutrição, psicologia, fonoaudiologia, pediatria, cardiologia, infectologia e ginecologia e obstetrícia prestados pelos profissionais da Prefeitura. “Sendo assim, não será preciso executar a contratação de novos profissionais”, destaca a gestão municipal.
Já os alunos do curso de Medicina da UniFAI (Centro Universitário de Adamantina), em regime de internato, atenderão nas especialidades de oftalmologia, reumatologia, cardiologia, neurologia, dermatologia, endocrinologia, dermatologia, ortopedia, gastroenterologia e moléstias infecciosas.
No período das 17h30 às 20h de terça, quarta e quinta-feira funcionará o ambulatório de alergias, obesidade e gestantes de alto risco.
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Redação – Kako de Oliveira