Neste feriado de 7 de setembro a Santa Casa de Presidente Prudente fez a primeira captação de coração do ano, e ainda fígado, rins e as córneas, doados pelos familiares de Glauco Getúlio da Costa, de 44 anos, morador em Panorama, que morreu vítima de um aneurisma cerebral. O gesto da família vai permitir salvar vidas e restabelecer a qualidade de vida a seis pessoas que aguardam na filha por transplantes de órgãos.
Segundo divulgou a Santa Casa de Presidente Prudente, equipes do InCor de São Paulo e do Hospital de Base de São José do Rio Preto fizeram a captação do coração e fígado. A retirada dos rins e córneas foi feita pelas equipes da Santa Casa. Uma aeronave da Força Aérea Brasileira atuou no transporte das equipes e dos órgãos captados.
Segundo o enfermeiro Anderson Milhorança, da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Transplantes é importante que as pessoas expressem em vida o desejo da doação. “Não é necessário deixar nada por escrito, mas é fundamental comunicar a família”, orienta.
Doação de órgãos
O SIGA MAIS buscou uma referência segura sobre doação de órgãos e encontrou um conteúdo de orientações no site oficial do Ministério da Saúde, por meio do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo doação e transplantes realizados no país.
Segundo a publicação, o Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Em números absolutos é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Por meio do SUS, a rede pública de saúde fornece aos pacientes assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. Com isso, a saúde pública responde por cerca de 95% dos transplantes no país.
Apesar do grande volume de cirurgias realizadas, a quantidade de pessoas em lista de espera para receber um órgão ainda é grande, onde diversos fatores contribuem para este número. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), um dos principais é a negação familiar, uma vez que no Brasil, para ser doador, não é preciso deixar nada por escrito, e sim comunicar à família, pois somente os parentes podem autorizar a doação.
Para mudar este quadro e permitir que cada vez mais pessoas que estão na fila dos transplantes possam voltar a desfrutar de uma vida confortável, é essencial inserir a temática da doação no cotidiano da sociedade, promovendo esclarecimento e orientações, já que na maioria das vezes o transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam da doação. Todos os anos, milhares de vidas são salvas por meio desse gesto.
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Fonte: Siga Mais