2 de agosto de 2023

Recordações da “Vó Finoca”…

Recordações da
Sérgio Barbosa

“ter saudade até que é bom, é melhor que caminhar sozinho…” (Peninha)

 

Sérgio Barbosa (*)

Não sei porque, mas, nestes últimos dias andei pensando nos meus velhos e bons tempos de criança em minha cidade natal, Ourinhos, ainda, mais precisamente nas ruas de terra da Vila Margarida e especificamente na Rua 21 de Abril…

Tais desencontros, de acordo com alguns analistas (sic), são sintomas da idade, tendo em vista que estou com quase 58 anos mal vividos, assim, que este novo tempo traga o velho tempo…

Também, nestas recordações travestidas de saudades, a memória trouxe sem mais e sem menos, a saudosa “Vó Finoca” e o “Tio Lázaro” (mãe e filho) que viveram muitos anos na Vila Margarida, ainda, era a mãe da minha “Tia Júlia”, madrasta do meu Pai, “Bastião Barbosa”…

Não sei porque, mas, tais recordações sempre aparecem no meu caminho e como disse um dia o meu primo, Arordinho, “você é jornalista e deveria escrever sobre a família…”, porém, confesso que tal desafio é mais do que complicado, considerando as excelentes recordações destes velhos e bons tempos com pessoas que partiram para o outro lado deste mesmo tempo do tempo…

Voltando para as recordações com a saudosa “Vó Finoca”, sabe de uma coisa, não lembro se era apelido ou nome, só sei que a “Vó” era muito querida pelos netos oficiais, caso por exemplo dos meus primos, Arordinho, Parafuso, Luiz Carlão, Neuza Maria, Ana Júlia, Bi, Lídia, Reinaldo, Rosana e Ricardo, porém, no meu caso e dos meu irmãos, Celso, Valderez e Valdir,  éramos netos, ou melhor, bisnetos por adoção, como escrevi, a “Vó Finoca” era madrasta do meu saudoso Pai, Bastião Barbosa…

Uma das poucas coisas que lembro deste tempo, eram as visitas que fazíamos na casa da “Vó Finoca e do Tio Lázaro” e sempre com o mesmo objetivo, a saber: “receber a benção” por meio de uma “reza no dialeto” que só a Vó sabia o significado e a tradução daquelas sábias palavras…

Havia, também, o “raminho de erva doce” da planta do quintal e o abençoado “copo d água” que deveria ser tomado após a “benção” final impetrada pela sabedoria popular da “Vó Finoca”…

Não sei porque, mas, são recordações que trazem a saudosa “Vó Finoca”, também, o “Tio Lázaro” para perto da minha pessoa, talvez, como disse o analista, sintomas que a velhice se aproxima…

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(*) jornalista diplomado.

e-mail: [email protected]

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