Uma faca foi apreendida pela Polícia Científica durante o trabalho pericial na casa onde ocorreu o crime.
Conforme consta no boletim de ocorrência, todos os elementos apresentados, em especial, as oitivas dos policiais e de uma testemunha, indicam o crime de infanticídio.
O delegado ainda levou em consideração que o crime foi logo após o nascimento da criança. Ele cita que o “estado puerperal da autora como elemento presente quando o cometimento do crime”. “É a situação em que a mulher, sob o trauma da parturição e dominada pelos elementos psicológicos, pratica a morte do recém-nascido”, explicou.
No boletim de ocorrência, ele também enfatizou que a conduta da mulher “ocorreu logo após o parto, o que faz presumir estar ela sob a influência do estado puerperal, já que este é o efeito costumeiro de qualquer parto, não depende o seu reconhecimento de prova pericial”.
A princípio, a Polícia Militar foi acionada para “auxílio à gestante” em uma casa do bairro Tapajós. Quando a equipe chegou ao local, constatou que a então gestante havia sido socorrida ao Hospital Regional e foi recebida por uma testemunha.
Dentro da residência, os militares constataram muitas manchas de sangue em vários cômodos e móveis, além de garrafas de vidros estilhaçadas e uma faca que estava em cima da pia do banheiro.
Posteriormente, os policiais visualizaram um saco de lixo de cor preta e dentro dele o corpo de um bebê, em óbito.
Depois dos trabalhos periciais, os policiais constataram que “a vítima apresentava múltiplas lesões similares àquelas produzidas por faca”.
Fonte: G1