10 de dezembro de 2020

Projeto de lei aprovado dá nome de Jurema Gomes Moreira Citeli à Biblioteca Municipal

Projeto de lei aprovado dá nome de Jurema Gomes Moreira Citeli à Biblioteca Municipal

Foi votado nesta quarta-feira (9) e aprovado por unanimidade, na Câmara Municipal, o Projeto de Lei (PL) Nº 062/2020, que dá o nome de Jurema Gomes Moreira Citeli à Biblioteca Pública Municipal de Adamantina. O PL é assinado pelos nove vereadores e agora segue para o prefeito, para sanção e promulgação.

 

A nova denominação ao espaço é uma homenagem à bibliotecária Jurema Citeli, que por 35 anos atuou no serviço público em Adamantina, divididos na Biblioteca Municipal e na Biblioteca Acadêmica do Centro Universitário UniFAI. Ela ingressou no poder público local em 1985, um ano após sua formatura em biblioteconomia na Unesp de Marília.

 

O PL é acompanhado de uma justificativa para a homenagem. “Na Biblioteca Pública Municipal Jurema teve uma atuação de destaque, e que a fez referência do lugar. Além da gestão do acervo do espaço – atividade de rotina da profissional – ela liderou, incentivou e promoveu inúmeras atividades de valorização do espaço, de acesso ao livro e de fomento à leitura” diz o texto (leia conteúdo completo abaixo).

 

Jurema faleceu no dia 25 de setembro último, por complicações de saúde decorrentes do seu quadro de diabetes . Deixou o marido Armando Citeli e os filhos Maria Vitória e Enrico Citeli.

 

Os autores destacam que o atual nome da Biblioteca, do ex-prefeito “Cônego João Baptista de Aquino” não foi desprestigiado, já que há uma rua com essa denominação, eu busto em sua homenagem instalado na Praça José Costa (Jardim da Estação).

 

Nome ao campus II da UniFAI

Outro tema de homenagem, na pauta da Câmara Municipal desta quarta-feira, foi o PL Nº 061/2020, de autoria do prefeito, que dá o nome de “Prefeito Tino Romanini” ao campus II da UniFAI. Na década de 60, Tino criou por lei e instalou a antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina (Fafia), que depois, ao ser fundida com a Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia (Feo), gerou as Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI) e depois o Centro Universitário de Adamantina (UniFAI).

 

Ao entrar em votação, o PJ recebeu um pedido de retirada para maiores estudos, proposto pelo vereador Alcio Ikeda e aprovado por 5×4, com voto de desempate do presidente do legislativo, Eder Ruete. O tema deve entrar na pauta da próxima sessão, marada para segunda-feira (14).

 

Justificativa que integra o PL aprovado

“O presente Projeto de Lei objetiva atribuir a denominação de “Jurema Gomes Moreira Citeli”, à Biblioteca Púbica Municipal de Adamantina. A homenageada, bibliotecária, foi servidora pública municipal no local, onde dedicou grande parte da sua vida, e cujas vinculações se estabeleceram e se fortaleceram para muito além do campo técnico/profissional, e das relações de trabalho entre o ente público e a profissional.

 

Natural de Marília, Jurema cursou biblioteconomia na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, UNESP, campus de Marília, onde formou-se em 1984.

 

Se tornou funcionária pública municipal em 1985, quando em 13 de fevereiro daquele ano passou a ingressar o quadro de servidores municipais da Prefeitura de Adamantina, tornando-se responsável técnica pela Biblioteca Pública Municipal “Cônego João Baptista de Aquino”, onde ficou até 1999, exonerando-se da Prefeitura para assumir a função de bibliotecária, na Biblioteca Acadêmica do Centro Universitário de Adamantina (UniFAI).

 

Após se aposentar na autarquia municipal, Jurema reingressou nos quadros da Prefeitura de Adamantina através de concurso público, tendo sido readmitida na função em novembro de 2011, onde ficou até falecer, aos 67 anos, no dia 25 de setembro último. Ao todo, foram 35 anos de dedicação ao serviço público municipal.

 

Na Biblioteca Pública Municipal “Cônego João Baptista de Aquino”, especificamente, Jurema teve uma atuação de destaque, e que a fez referência do lugar. Além da gestão do acervo do espaço – atividade de rotina da profissional – ela liderou, incentivou e promoveu inúmeras atividades de valorização do espaço, de acesso ao livro e de fomento à leitura.

 

Sob sua gestão, a Biblioteca Municipal se reafirmou como o principal equipamento cultural da cidade, referência para diversas gerações, que usaram do espaço para pesquisas escolares.

 

O espaço promoveu e recebeu, em sua gestão, diversas exposições, mostras, intervenções artísticas e outras manifestações, nas diferentes linguagens, que reiteraram a importância do lugar e permitiram o acesso de muitos cidadãos às múltiplas e plurais manifestações de arte e cultura ali sediadas.

 

Com a chegada da tecnologia, o espaço recebeu telecentros que permitiram a inclusão digital, sobretudo àqueles desprovidos de meios próprios para acesso às novas interações em ambientes virtuais.

 

A presença da profissional de biblioteconomia, integrada, dinâmica e ativa, permitiu a adesão da Biblioteca Municipal a programas estaduais, junto à Secretaria de Estado da Cultura, para atualizações de acervos. Também vinculados ao órgão estadual, a Biblioteca integrou o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Estado de São Paulo, e passou a receber, também, a itinerância do Programa Viagem Literária.

 

Em todas essas ações, a atuação da profissional, efetivamente presente, foi fundamental para o sucesso das programações de livro e leitura, e outras vivências artísticas.

 

Além das questões técnico-profissionais, Jurema sempre se dispunha a acolher as demandas, as pessoas, e assim ouvi-las e orientá-las. Era profunda conhecedora das ciências da biblioteconomia, tendo emprestado seu conhecimento, também, e de maneira colaborativa, à organização de outras bibliotecas públicas, na região, além de inúmeras bibliotecas escolares.

 

Jurema era casa com Armando Citeli, pais de Enrico Moreira Citeli e Maria Vitória Moreira Citeli.

 

Por toda essa exposição, a homenagem é legítima, amplamente e seguramente justificada.

 

No que se refere ao atual nome do lugar, “Cônego João Baptista de Aquino”, religioso que foi prefeito de Adamantina de 2 de abril de 1957 a 2 de abril de 1961. Por meio da Lei Municipal Nº 396, de 4 de setembro de 1957, ele criou a Biblioteca Municipal de Adamantina. Anos mais tarde, por meio da Lei Municipal de nº 817, de 29 de março de 1966, esta passou a denominar-se “Cônego João Baptista de Aquino”, em virtude do falecimento do mesmo.

 

O atual espaço da Biblioteca Pública Municipal teve as obras de construção iniciadas na administração do então prefeito Gildomar Pax Pedroso, inaugurado em 13 de junho de 1979.

 

A mudança de denominação, no entendimento dos autores, que subscrevem este Projeto de Lei, não traz prejuízo à imagem e à memória do ex-prefeito, cujo nome identifica importante Alameda de Adamantina. Ainda, destaca-se, ele é homenageado com um busto histórico, instalado na Praça José Costa (Jardim da Estação)”.

Fonte: Siga Mais

 

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