Professora se prepara para atividade missionária na Índia e Nepal e busca apoio para viagem
Nos dois países, atividade missionária será voltadas a crianças e suas famílias, e prostitutas.
Aos 29 anos, a professora Márcia Meneses, de Adamantina, se prepara para uma nova experiência de vida, de espiritualidade e serviços humanitários fora do país. Ela se mobiliza e prepara as malas para uma viagem ao Nepal e à Índia, no continente asiático. Para compor os recursos financeiros necessários à viagem missionária ela faz campanha nas redes sociais para arrecadar doações.
Márcia faz parte da JOCUM (Jovens Com Uma Missão), uma organização cristã interdenominacional (movimento de cooperação entre várias denominações cristãs), empenhada na mobilização de jovens de todas as nações para a obra missionária.
Na JOCUM, ela participa da ETED (Escola de Treinamento de Discipulado), como explicou ao SIGA MAIS. “É um programa de preparação oferecido pela Universidade das Nações, para conhecer mais a Deus, dispondo-se a conhecer e obedecer sua direção para povos e nações”, diz. “Aqui na ETED nosso chamado é para povos não alcançados, menos engajados no Evangelho e que não conhecem quem é Deus. Nossa missão é levar Cristo através das nossas vidas, seja ajudando igrejas, servindo as pessoas, criando relacionamentos com povos, amando uns aos outros, levando a palavra de Deus, entre outros. Nossa visão é levar Cristo através de nossas atitudes e nosso coração, não somente de palavras, mas realmente demostrando o amor e cuidado que Jesus tem pelas pessoas”, continua a educadora.
Em Adamantina, durante o período da faculdade de pedagogia, Márcia trabalhou na fábrica de roupas Portage. “Graças a esse trabalho concluí meu curso superior”, diz agradecida. “Desde que me formei, há mais ou menos nove anos, pude lecionar na APAE de Adamantina como professora de educação especial. “Sobre essa instituição também só tenho a agradecer. Lá eu pude crescer e amadurecer muito”, prossegue.
Deixar tudo para trás
e viver em missões
Agora, em 2022, Márcia diz ter sido chamada a um novo desafio, e se colocou à disposição do novo projeto. “No início desse ano Deus me chamou para deixar tudo para trás e viver em missões de tempo integral”, revela.
Esse novo passo em sua vida, agora amadurecido, tem um despertar anterior. “Desde a infância pude ter contato com missões e missionários, onde essa vontade foi despertada. Houve um tempo em que me afastei das coisas de Deus, mas essa vontade não foi tirada do meu coração. Foi quando em 2020 eu fiz uma outra escola de missões, com duração de um mês, a Íris Rio, no período das minhas férias de trabalho, e ali eu tive a certeza que meu chamado era esse: cuidar daqueles que ninguém quer cuidar, amar aqueles menos amados pela sociedade, mas amados pelo nosso Pai”, conta.
Agora, vive um período desafiador, de materializar o desejo missionário. Ela se prepara para atuar em dois países no continente asiático, de religião predominantemente hinduísta. No Nepal o trabalho vai ocorrer em uma aldeia com cerca de 400 crianças. As ações serão dirigidas a esse público infantil. Também será realizado um trabalho de evangelismo com as famílias. Deve ficar por cerca de 20 dias nesse país, com trabalhos a campo.
Na Índia, Márcia deve ficar por cerca de 10 dias em uma região considerada zona vermelha, com alto índice de perseguição. Lá, deverá trabalhar com prostitutas e crianças. Depois, deve trabalhar por cerca de 20 dias com um missionário local, que tem como estratégia evangelizar as aldeias mais distantes, formadas por povos nômades. A prática missionária deve contar com a exibição de filmes sobre Jesus Cristo.
Os preparativos e as expectativas
Márcia está vivenciando uma etapa preparatória para a viagem missionária. Ela explica que a ETED divide essa preparação em duas etapas: a teoria e o prático missionário. “A parte teórica nos prepara como pessoas e indivíduos para ir aos povos e nações”, diz. “Está sendo incrível! Percebo como mudei nesse tempo e como Deus tem me modificado e moldado. Alguns momentos estão sendo bem confrontantes, pois muitas vezes me preocupei com as situações, com as dificuldades, com o que iriam pensar sobre mim. Todavia Jesus me fez ver que devo lançar preocupações e ansiedades nEle, e não devo me preocupar com o que acham ao mesmo respeito. Eu tenho que saber quem eu sou através da perspectiva dEle e do Reino, e nós somos todos filhos de Deus através dEle”, narra a educadora. “É importante destacar que o teórico nos dá fundamentos para o que iremos realizar nessas práticas, no qual nossos líderes oram por nós o tempo todo, nos ajudando e direcionando à vontade do Pai, além de adquirirmos confiança que estamos ouvindo realmente a voz de Deus”, continua.
Nos dois países asiáticos Márcia vai encontrar realidades muito diferentes daqui. O SIGA MAIS perguntou como ela tem lidado com isso. “Estamos nos preparando como equipe para esse momento. Somos em sete (inclusive um dos rapazes que está na equipe também é da cidade de Adamantina)”, revela. “Algumas pessoas na base em que estamos já foram para a Índia, e estão nos dando apoio e ensinando a respeito das vivências, diferenças culturais e sobre a alimentação. A exemplo disso já preparamos o típico “tchai indiano”, e estamos comendo comidas mais apimentadas. Nós meninas já sabemos que teremos que andar com roupas típicas e cabelos cobertos”, conta.
Márcia disse que o trabalho missionário não pretende ser invasivo ou impositivo, porém uma experiência de servir. “Nós não estamos indo para mudar nenhuma cultura e nem desonrar o povo, mas para levar Cristo através de nós. Sabemos que teremos a barreira da língua e o nosso contato da Índia já conversou conosco. Iremos realizar trabalhos ao servir e nos relacionarmos”, ressalta. “É incrível que todos falam que por sermos brasileiros isso já abre portas para que eles nos recebam, e eu não vejo a hora de ver isso de perto”, diz ansiosa.
Na bagagem
Para a atividade missionária Márcia contou o que vai levar e trazer na bagagem. “Pretendo levar o amor de Jesus para essas pessoas através do servir: iremos trabalhar muito com crianças, e creio que a minha formatação acadêmica irá me ajudar muito, tanto na Índia como no Nepal, pois iremos trabalhar em escolas”, relata. “O que pretendo extrair dessa missão não tem nada a ver comigo e nem sobre a minha pessoa, e sim, sobre fazer com que os povos conheçam, recebam e desfrutem do Reino de Deus, que gera vida, paz, amor, justiça e dignidade para esses povos e nações”, prossegue.
Faça parte
O embarque da professora Márcia Meneses para os países asiáticos deve ocorrer no dia 1º de maio. Ela fica por lá até o dia 21 de junho. Ela pede que as pessoas contribuam, com orações e ofertando doações. Nas redes sociais ela pede ajuda para custear as despesas. “As despesas do prático missionário está em torno de 15 mil reais, e desse valor, já conseguimos 2 mil reais. As pessoas podem estar me ajudando ofertando qualquer valor, orando pelo prático e minha equipe e compartilhando em suas redes sociais o meu informativo”, conta.
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Fonte: Siga Mais