A Polícia Civil esclareceu nesta quinta-feira (30) que o planejamento de um suposto ataque a escolas de Martinópolis (SP) por um adolescente ‘não passou de uma fake news’.
O delegado Renato Pinheiro informou que, na última sexta-feira (24), um Procedimento de Apuração de Ato Infracional foi instaurado para investigar crimes de lesão corporal e ameaça envolvendo dois estudantes, de 13 e 14 anos, de uma escola estadual da cidade.
Ainda na sexta-feira, um vídeo que mostrava um dos adolescentes segurando uma suposta arma de fogo espalhou-se pelas redes sociais, conforme o delegado.
Diante dos fatos, a Polícia Civil realizou investigações e “tomou medidas junto ao Poder Judiciário e ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP)”.
‘Burburinho’
No início desta semana, um “burburinho” de que poderia haver um ataque nas escolas pelo adolescente, de 13 anos, que aparece no vídeo, espalhou-se por Martinópolis, ainda de acordo com Renato Pinheiro.
Por conta disso, os pais não levaram seus filhos para as escolas, temendo que algo pudesse acontecer.
Durante buscas realizadas na casa do adolescente pela Polícia Civil, na tarde desta quinta-feira (30), constatou-se que a arma utilizada no vídeo é de airsoft.
“Em hipótese alguma ele [adolescente] falou em atentado, ele ameaçou alguém, nós não achamos escritos, nem nas redes sociais, nem na casa dele, em caderno, em nada, não tem nada que indique ataque. O que acontece é que ele fez ameaças contra o ‘menor’ que ele tinha agredido, porque ele ficou com medo do ‘menor’ revidar”, esclareceu o delegado.
Ainda de acordo com Pinheiro, em depoimento, o adolescente alegou que o jovem supostamente agredido por ele iria voltar para ‘acertar as contas’.
“Ele gravou esse vídeo com a arma para colocar temor no outro ‘menor’, tipo ‘se você for vir, vai ter bala’ e tal, e não tem nada a ver com ataque em escola. Como vazou o vídeo na cidade, começaram a atrelar que ele estaria armado e que ele iria fazer ataque em escolas. Eu não sei quem inventou essa fake news, essa mentira. Trata-se de uma fake news, ressaltou o delegado.
Conforme Renato Pinheiro, para além de não haver indícios, a hipótese de ataques a escolas não se confirma “pelo fato da arma ser de airsoft, sem potencial lesivo”.
As investigações seguem para apurar os crimes de lesão corporal e ameaça supostamente praticados pelo adolescente, de 13 anos, na última sexta-feira (24).
Fonte: G1