Dois policiais militares em serviço protagonizaram hoje em público, em frente a pedestres, uma briga no centro da capital paulista. Um PM chegou a apontar a arma da corporação para o rosto do colega de farda. Ninguém ficou ferido.
O desentendimento ocorreu na esquina das ruas dos Timbiras e Santa Ifigênia. O local é um dos principais pontos da capital paulista do comércio popular de tecnologia. O local estava cheio no momento da briga.
No início da tarde de hoje, dezenas de vídeos feitos por pessoas que estavam passando no local flagraram a briga. Enquanto um dos PMs aponta a arma para o colega, pessoas gritavam: “mata ele”, “pega ele!” e “atira na bunda dele!”.
Em dado momento, o policial que estava com a arma apontada para o rosto tenta desarmar o colega de farda. Nesse momento, as pessoas que assistem à briga se distanciam, assustadas, e as gravações tremem ou param de ocorrer.
De acordo com registro interno da ocorrência, obtido pelo UOL, o soldado Felipe do Nascimento, lotado na 2ª companhia do 13º batalhão, que havia saído para o almoço, demorou para retornar.
Quando retornou, o cabo Márcio Simão de Oliveira Matias, lotado na 3ª Companhia do 7º batalhão, que estava no posto, cobrou pela demora e afirmou que reportaria ao sargento, pois não conseguiria mais almoçar.
Neste momento, ainda segundo o registro, o soldado Nascimento sacou a arma para o cabo Simão e começou a ameaçá-lo. Todos os PMs foram para a sede do 7º batalhão após o ocorrido. A ocorrência foi registrada internamente como “desinteligência entre PMs escalados”.
PM é preso por ameaça e violência contra superior
O soldado Felipe do Nascimento foi detido em flagrante pelos crimes de ameaça e de violência contra superior qualificada pelo uso de arma. Segundo a PM, ele será conduzido ao presídio militar Romão Gomes, na zona norte da capital.
Por meio de nota, a PM disse classificar como “gravíssima e repulsiva a ocorrência do início da tarde desta sexta-feira (4), na região de Santa Ifigênia, no centro da capital, onde um policial ameaça outro com arma em punho, em via pública”.
“A atitude viola frontalmente os valores fundamentais da instituição, especialmente a disciplina, a hierarquia, o profissionalismo, a honra e a dignidade humana, exigindo assim punições severas, na medida de sua gravidade”, afirmou a corporação.
Por se tratar de crime militar, todas as circunstâncias em que os fatos se deram estão sendo apuradas pela autoridade competente, em sede de polícia judiciária militar, acrescentou a PM por meio de nota.