2 de julho de 2020

“Plano Adamantina” será apresentado à Justiça pela Prefeitura para pedir reabertura do comércio

“Plano Adamantina” será apresentado à Justiça pela Prefeitura para pedir reabertura do comércio

Em entrevista coletiva realizada na noite desta quarta-feira (1), no gabinete da Prefeitura de Adamantina, o prefeito Márcio Cardim revelou que apresentará ao Tribunal de Justiça de São Paulo, o “Plano Adamantina”, que busca a reabertura do comércio que foi fechado após determinação judicial diante da representação do Ministério Público em decorrência do Covid-19, que invalidou os efeitos do decreto municipal que permitia a abertura das portas na Cidade.

O prefeito destacou que entre os vários argumentos elencados através de sua procuradoria jurídica ao Tribunal de Justiça, estão as indiferenças utilizadas nos critérios que determinam que Adamantina permaneça na “fase vermelha” do Plano São Paulo, que obriga o fechamento do comércio com o funcionamento apenas de estabelecimentos tidos como essenciais, tais como supermercados, padarias, açougues, pet-shops, postos de combustíveis e outros.

Márcio ressaltou que as medidas impostas pelo Governo do Estado, tratam a região com enorme diferença em relação à grande São Paulo, sendo tratado como “dois pesos e duas medidas”, uma vez que a capital e região metropolitana têm enquadramento totalmente distinto, uma vez que lá foi dividido em microrregiões e no interior foi feito pelo DRS (Divisão Regional de Saúde).

O “Plano Adamantina” engloba a microrregião com os outros 9 municípios, sendo Flora Rica, Flórida Paulista, Mariápolis, Lucélia, Inúbia Paulista, Pracinha, Sagres, Salmourão e Osvaldo Cruz.

No levantamento apresentando esses municípios tem 14 leitos de UTI sendo que cerca de 10% está ocupado por pacientes de Covid-19, também foi feito um comparativo com o enquadramento entre os outros itens do Plano SP, sendo que em todos a microrregião está abaixo do índice apresentado pelo Governo do Estado.

Também foi revelado que no Plano Adamantina serão destacadas a baixa ocupação dos leitos de UTI da microrregião, casos confirmado de Covid-19 nos últimos 14 dias, quadro de internações, número de óbitos confirmados pela doença, as oito penitenciárias da região que somam grande parte do número de casos e que estão sem nenhuma ação do Governo do Estado, entre outros critérios que deixariam a Cidade Joia no mínimo na fase amarela do plano estadual, onde o comércio e demais segmentos geradores de empregos poderiam ter suas portas abertas e funcionar com o máximo de precaução contra a doença.

Outro ponto levantado pelo prefeito durante a coletiva, está relacionado ao município de Tupã que tem a estrutura em saúde semelhante à de Adamantina ter pleiteado a reabertura de seu comércio tendo parecer favorável do TJSP, enquanto foi negado o recurso à Cidade Joia.

Ainda foi destacado que grande parte dos casos de Covid-19 registrado na microrregião foram registrados em funcionários e parentes de pessoas que trabalham em presídios que na microrregião possui 8 unidades e que este problema é do Governo do Estado, porém, nada foi feito e assim tem prejudicado a região.

“Vamos buscar que todos os pontos sejam revistos e que seja levado em conta o cenário de enfrentamento da doença pelo município de Adamantina e consequentemente da microrregião de uma forma geral, o que queremos é a igualdade e que o plano imposto pelo governador seja de fato cumprido como deve e não com pesos e medidas diferentes por região, o que é lamentável”, frisou o prefeito.

Finalizando o prefeito Márcio Cardim deixou claro que quer a abertura responsável do comércio e ao mesmo tempo proporcionando o atendimento necessário e responsável no setor de Saúde à população de Adamantina.

FOTO E REPORTAGEM: Adamantina Net

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