Um homem, de 29 anos, irá responder em liberdade por falsa comunicação de crime após ter inventado um roubo de uma motocicleta de sua propriedade com o objetivo de se livrar de dívidas em Panorama (SP).
A trama foi desmascarada pela Polícia Civil após as investigações sobre o caso conduzidas por agentes das delegacias de Panorama e da cidade vizinha de Paulicéia (SP).
De acordo com as informações divulgadas pela polícia nesta quarta-feira (11), a suposta vítima relatou que o assalto teria acontecido na estrada de terra que liga os municípios de Panorama e Paulicéia. O homem contou que pilotava sua motocicleta pelo local, teria sido abordado por dois ladrões e um deles estaria portando uma arma de fogo, fazendo ameaça de morte para que lhes entregasse o seu veículo. Após o suposto roubo, os bandidos teriam seguido com a moto no sentido de Paulicéia.
Diante do relato da suposta vítima, a Polícia Civil iniciou de imediato as diligências para identificar os criminosos e recuperar a motocicleta roubada.
Todavia, a equipe de investigação percebeu algumas contradições na versão contada pelo homem e um certo “nervosismo” daquele que, até então, era considerado como “vítima” de um roubo.
Durante o andamento das apurações para verificar as várias alegações sobre o fato, o homem acabou se desmentindo e confessou aos policiais a inexistência do crime. Ele alegou, segundo a polícia, que, a fim de se livrar das dívidas de parcelas contraídas com o financiamento, teria vendido sua motocicleta na noite anterior, ou seja, na segunda-feira (9), pelo valor R$ 1,6 mil para um outro homem, morador do distrito de Campinal, em Presidente Epitácio (SP), e posteriormente, já na manhã da terça-feira (10), planejou a estória do roubo, acionando primeiramente a Policia Militar, pelo telefone 190.
O homem foi autuado pelo delito de comunicação falsa de crime, previsto no artigo 340, do Código Penal, com pena de um a seis meses de detenção ou multa.
Após assinar o compromisso de comparecer à Justiça, o suspeito foi liberado.
A motocicleta, que estava no distrito de Campinal, em Presidente Epitácio, foi restituída ao proprietário, após o negócio ter sido desfeito.
Fonte: G1