Rádio Life FM

O VIGILANTE PROVINCIANO…

Sérgio Barbosa

“… eu prefiro ser, aquela metamorfose ambulante, do que ter aquela opinião formada sobre tudo…” (Raul Seixas)

 

Sérgio Barbosa (*)

 

 

A província, de uns tempos para cá, deu pra ter um pouco de tudo em suas ruas e esquinas escusas para um desencontro a mais na vida daquelas pessoas que passam as suas preciosas horas falando isto e aquilo das outras e assim por diante…

Neste caso em especial, pelo jeito, ressuscitaram o antigo personagem tupiniquim para vigiar e delatar, o que é pior, as pessoas que buscam estar em conexão com este tempo, tendo em vista, os compromisso com o futuro da província…

Em muitos casos, permanece sempre a dúvida de sempre, ou seja, seria inveja, dor de cotovelo ou falta do que fazer em casa?

Oras bolas, cada qual sabe das suas responsabilidades frente aos cargos e funções que ocupa aqui ou ali, para isso ser comprovado, basta manter o diálogo com o outro lado envolvido na questão e ponto quase final…

Entretanto, perde-se um tempo precioso levantando falsos testemunhos sobre as demais pessoas que o tal “vigilante provinciano” se perde em suas próprias contradições, neste caso, pergunta-se, o que o talzinho fez de bom para a província nos últimos tempos?

Até onde se sabe, nada que justifique a sua preocupação com a vida alheia, ainda mais quando se trata de profissionais com experiência de mercado, bem como, titulação acadêmica em tempo de pós-globalização midiática…

Entende-se que as críticas são mais do que necessárias, além do mais, já dizia o escritor do outro tempo, a saber: “toda unanimidade é burra”, portanto, o individual nunca deve prevalecer sobre os interesses do coletivo…

A busca pelas informações sem critérios pode levar ao desencontro destas pessoas frente às necessidades da pauta em cima da mesa do tal “vigilante provinciano”, mas, como sempre, pode ser, todavia, talvez etc…

Dialogar com as palavras é uma virtude para os profissionais e curiosos de plantão em terras provincianas, todavia, faz-se necessário, estar sempre no compasso do descompasso para um olhar ou até mesmo, uma leitura sobre os acontecimentos neste novo tempo que se chama hoje…

Não se pode permitir a volta desta vigilância em nome de uma pseuda-moral provinciana, ainda, quando as instituições estão buscando o aperfeiçoamento num mercado qualificado e exigente com as normas estipuladas pelo poder  central de um planalto qualquer do “País do faz de conta”…

Portanto, buscar a perfeição por meio da tese foulcaltiana do “vigiai e punir” pode resultar no dito popular tupiniquim: “o tiro pode sair pela culatra”, ainda, depois pode ficar com a outra resposta: “neste caso, Inês é morta” e assim por diante para não esquecer de uma tal dissertação de mestrado perdida em alguma estante de biblioteca…

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(*) Jornalista profissional diplomado e professor universitário.

e-mail: barbosa.sebar@gmail.com

 

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