Já faz um tempo, houve uma tempestade,
A fúria dos ventos impetuosos,
Levou para longe a felicidade!
Tremeu, mas não destruir a cidade.
Depois, as pulsações desse teu afeto,
Sem pesar, arrancaram-me o telhado
Eu, fiquei aqui, descoberto, sem teto
Sentindo um tal amor desmensurado.
Sozinho, triste, desagasalhado,
Mas levantei-me como brisa leve
Um amor raiz, que nem o vento leve.
Muito assustada e branca como a neve,
Compreendi no meio da tempestade,
Que você se foi, mas deixou a saudade.
Solange Lisboa