O MESTRE SABIA DAS COISAS…
“Não receies que o destino te contradiga; o destino jamais contradiz os homens que nele esperam, e sempre cumpre as promessas que, em seu nome, fazem os fortes.” (Amado Nervo)
Sérgio Barbosa (*)
Ao Prof. Dr. JACI CORREIA MARASCHIN (in memoriam), dedico!
Uma das muitas perguntas que o discípulo faz ao seu mestre é sobre suas qualidades frente ao inusitado, ou seja, como resolver isto ou aquilo num momento de confronto pessoal ou profissional…
Nestes momentos, vem a minha lembrança o meu desorientador do mestrado, assim chamado como forma de referenciar o sabe acadêmico daquele que soube extrair da minha pessoa a capacidade da reflexão num tempo de rebeldia com causa, porém, para o mesmo, esta causa ainda não estava perdida…
A função de orientar não é uma tarefa fácil, ainda mais quando o tema do projeto acadêmico está relacionado e deve seguir as etapas previstas pelo programa de pós-graduação…
Os meses passam e as aulas seguem a metodologia científica nas exigências da academia, orientando e desorientando ao mesmo tempo os discípulos em busca da realização acadêmica…
Neste contexto pode se encontrar um pouco de tudo, alunos agitados e nervosos, outros nem tanto, esperando sem querer a chegada do mestre do saber para mais um encontro com as neuroses das descobertas do ser humano em suas divagações sobre o conhecimento acima de tudo, pode ser também, debaixo do nada e ponto e vírgula neste caso quase específico para orientandos sentados numa mesa branca e o “Mestre” no centro, divagando sobre o nada em meio ao tudo, ainda, para olhos e ouvidos atentos nesta escuridão teórica…
O meu tempo nos corredores da academia, neste caso, em nível de pós-graduação, segundo alguns mestres, foi acima da média, também, a política acadêmica estava acima dos interesses pelos conceitos emitidos em planilhas sobre o rendimento do aluno nas disciplinas obrigatórias ou optativas…
Mas, valeu mesmo os desencontros com colegas nos corredores de um mesmo prédio que servia aos interesses das áreas de Ciências da Religião e Comunicação Social, de vez em quando, aparecia do nada os alunos dos Mestrados em Administração e Psicologia para dar um toque a mais naquele jardim zoológico acadêmico…
Mas, voltando ao meu “desorientador”, ao mesmo devo o meu título de Mestre, pois, neste caso em especial, forçou a barra pra cima dos meus interesses, quando afirmava: “é melhor um jornalista com mestrado…”, assim, aceitei o desafio de ser e não apenas estar no processo, concluindo de forma mais ou menos brilhante, claro, depende sempre da ótica de cada um sobre o caso em pauta…
Muitas orientações do Mestre, bem como, suas eternas ironias sobre o contexto naquele outro tempo do tempo, ainda estão presentes em minha caminhada acadêmica, bem como, nas atividades profissionais em tempo de Pandemia…
Também, procuro executar, sempre que possível, as recomendações do eterno MESTRE, a saber: “com tantos mestres e doutores medíocres, pelo menos, você estará acima deles…”
AVE DESORIENTADOR! AVE GURU! AVE MARASCA!
AVE MARASCHIN!
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(*) Bacharel em Comunicação Social pela FCS/IMS (1.983); Jornalista Diplomado (MTb No. 16.772/SP); Mestre em Ciências da Religião pelo PPGCR/UMESP (1.997) com orientação do Prof. Dr. JACI CORREIA MARASCHIN (in memoriam). Professor dos cursos de Administração, Design e Publicidade & Propaganda da UNIFAI.
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