27 de setembro de 2020

O FARISEU PROVINCIANO…Sérgio Barbosa – Opinião

O FARISEU PROVINCIANO...Sérgio Barbosa - Opinião

“Os que comem demais são sempre os mais gordos; os que leem demais nem sempre são os mais sábios”. (Camilo Castelo Branco)

Interessante perceber que as coisas andam de mal a pior em terras provincianas, como sempre, quando tudo parece normal por aqui, pode-se pensar o contrário, ou seja, “existe alguma coisa de podre…”

Debater temas relacionados com o cotidiano significa estar em sintonia com os bastidores do poder pelo poder, porém, nem tudo pode transmitir os acontecimentos deste ou daquele local para um olhar mais atento as mudanças deste novo tempo para a província, também, os ruídos estão sempre por perto para dar aquele tom de marmelada para ambos os lados…

O denominado “Livro Sagrado”, neste caso em especial, pode ser aquele que ilumina uma das grandes religiões em nível mundial, trata de temas adversos para o homem e sem tempo frente ao outro tempo…

A figura lendária do “fariseu” é presença mais do que garantida em muitos destes livros perdidos num canto qualquer de uma sala, até mesmo, de uma biblioteca provinciana, porém, na maioria dos casos em pauta, pode ficar escondido, se possível, debaixo dos desencontros outorgados pelo perdão de uma força do além para o simples mortal num domingo sem luz divina para iluminar o caminho…

A teoria nem sempre vem de encontro com a prática deste mercado mediado pelo olhar do sagrado frente ao profano do “fariseu provinciano”, aquele mesmo que dominicalmente pega o seu “livro sagrado” e juntamente com a seara familiar parte em busca de um lugarzinho no tal paraíso celestial…

As mazelas do cotidiano da província pode significar um tempo para que o outro lado possa se refazer deste choque de cultura em meio à mediocridade de sempre, quando, as muitas palavras não dizem nada para o leitor ou leitura deste ou daquele veículo impresso…

O momento pode ser solene para um discurso no vazio de um quarto ou sala, vai saber, afinal de contas, “cada louco com sua mania”, todavia, pode-se deixar levar pelas conversas numa esquina perdida, afinal de contas, “o que seria do azul se todos gostassem do vermelho”…

As grandes discussões do literato, neste caso, do “Fariseu provinciano” podem acabar num discurso vazio e sem retorno da mensagem manipulada pelas palavras sem nexo do plexus e assim por diante, pois, neste caso em especial, podem aparecer outros personagens para dar o tom do debate, a saber: o Escriba, o Parasita, a Cinderela e tanto outros…

Assim, o picadeiro provinciano continua com a sua equipe de sempre para um olhar mais próximo do poder sacramental do profano para deixar o paraíso sem anjos em sua volta, talvez, com a legião de demônios como força estelar neste confronto além da nossa imaginação terrena…

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(*) Jornalista profissional diplomado e professor universitário.

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