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Nota Técnica aponta tendência de melhora na ocupação de UTIs para Covid-19

Os dados relativos às taxas de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 destinados a adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) datados de 14 de fevereiro indicam, pela primeira vez neste ano, tendência de melhora no indicador. É o que aponta Nota Técnica divulgada nesta terça-feira (15/2) pelo Observatório Covid-19 Fiocruz.

Das nove Unidades Federativas que se encontravam na zona crítica (taxas iguais ou superiores a 80%) na semana anterior, somente quatro permaneceram – Rio Grande do Norte, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal –, enquanto as outras cinco passaram para a zona de alerta intermediário (taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%) – Tocantins, Piauí, Espírito Santo, Mato Grosso e Goiás. Além disso, Amapá e Ceará, que estavam na zona de alerta intermediário, saíram da zona de alerta.

Os pesquisadores observam que embora algumas taxas de ocupação de leitos ainda estejam muito elevadas, o enfraquecimento da grande onda de casos provocada pela Ômicron, sentida em dados epidemiológicos, está começando a se refletir na diminuição da ocupação de leitos de UTI.

A Nota Técnica destaca que os avanços na campanha de vacinação foram fundamentais para impedir números maiores e percentuais de casos críticos e graves, internações e óbitos. Porém, alertam que não se pode ignorar que riscos de reveses permanecem. “É central que se avance ainda mais na campanha de vacinação com políticas e estratégias ativas, para que os adultos não vacinados o façam e que os que tomaram a primeira dose completem o esquema vacinal, além da necessidade de se ampliar rapidamente a cobertura vacinal para crianças”, sugerem.

O documento aponta que a vacinação é a arma mais potente que dispomos para o enfrentamento da pandemia e é importante que se concebam campanhas de distribuição de máscaras e conscientização sobre o uso adequados das mesmas, como forma de proteção contra o coronavírus e outros agentes infecciosos.

Em quinze estados, as taxas caíram pelo menos cinco pontos percentuais: Pará (79% para 63%), Amapá (63% para 44%), Tocantins (81% para 64%), Piauí (87% para 77%), Ceará (73% para 59%), Rio Grande do Norte (89% para 80%), Pernambuco (88% para 81%), Alagoas (69% para 60%), Sergipe (75% para 61%), Espírito Santo (87% para 79%), Rio de Janeiro (59% para 52%), São Paulo (71% para 66%), Mato Grosso do Sul (92% para 85%), Mato Grosso (81% para 72%) e Goiás (80% para 72%).  Houve acréscimo de leitos no Piauí (178 para 193), Ceará (444 para 494), Rio Grande do Norte (152 para 167), Pernambuco (1045 para 1056), Sergipe (26 para 54), Paraná (703 para 712), Mato Grosso do Sul (200 para 218) e Goiás (214 para 236).

Quatro Unidades Federativas estão na zona de alerta crítico: Rio Grande do Norte (80%), Pernambuco (81%), Mato Grosso do Sul (85%) e o Distrito Federal (99%). Catorze estados estão na zona de alerta intermediário: Rondônia (74%), Acre (63%), Pará (63%), Tocantins (64%), Piauí (77%), Alagoas (60%), Sergipe (61%), Bahia (70%), Espírito Santo (79%), São Paulo (66%), Paraná (71%), Santa Catarina (71%), Mato Grosso (72%) e Goiás (72%). Oito estados estão fora da zona de alerta: Amazonas (54%), Amapá (44%), Maranhão (47%), Ceará (59%), Paraíba (59%), Minas Gerais (39%), Rio de Janeiro (52%) e Rio Grande do Sul (59%). O último dado disponível para Roraima era de 08 de fevereiro (67%) e foi ignorado, considerando-se a volatilidade do indicador em um cenário de poucos (27) leitos disponíveis.

Entre as capitais com taxas divulgadas, sete estão na zona de alerta crítico: Rio Branco (80%), Natal (percentual estimado de 84%), João Pessoa (81%), Rio de Janeiro (81%), Campo Grande (91%), Goiânia (82%) e Brasília (99%). Doze estão na zona de alerta intermediário: Porto Velho (78%), Palmas (65%), Teresina (70%), Fortaleza (70%), Maceió (69%), Salvador (69%), Belo Horizonte (75%), Vitória (78%), São Paulo (64%), Curitiba (70%), Porto Alegre (63%) e Cuiabá (67%). Cinco estão fora da zona de alerta: Manaus (54%), Macapá (52%), São Luís (49%), Recife (57%, considerando somente leitos públicos municipais) e Florianópolis (49%). Belém e Aracajú não têm disponibilizado as suas taxas, e Boa Vista só tinha disponível a taxa de 8 de fevereiro.

Fonte: Fundação Osvaldo Cruz

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