NOS CÓDIGOS RELIGIOSOS DO TEMPO COM O TEMPO DESTE TEMPO NOVO TEMPO…
Sérgio Barbosa
“È fácil decidir o que fazer. O difícil é decidir o que não fazer.” (Michael Dell)
Sérgio Barbosa (*)
Os séculos passam como anos pelo tempo do tempo em meio ao tempo deste mesmo tempo, assim, afirmou o profeta do outro tempo, quando os desencontros em busca deste mesmo tempo levaram o tempo sem tempo para o tempo…
Não se pode ficar alheio ao tempo, ainda mais quando a religião continua dando as cartas num jogo viciado pelo poder eclesiástico desta ou daquela Igreja ou denominação, se bem que, pode ser pensar em demonização do sagrado pelo profano ou seria o inverso?
Os códigos a serem decifrados pelos donos do sabe religioso se perdem nas catatumbas do passado mediado pelo presente por meio das trocas acorrentadas dos milagres do outro tempo para um olhar distante do pecado da falsa imagem do santo ou da santa.
Os falsos profetas estão em busca do seu tempo, porém, ficam perambulando pelas igrejas perdidas do homem sem Deus num abismo calado pelas mentiras travestidas de verdades, ou seja, a imoralidade de uma mesma moral com vícios alados do ser humano e suas dúvidas frente ao infinito do tempo.
As denominadas belas histórias passam pelas estórias do homem e suas neuroses com o tempo do tempo, criando outras criaturas para o bem comum da inconsciência coletiva, possibilitando a individualidade social frente aos descaminhos da humanidade profanada pela secularização da criação dos deuses.
Todos sofrem pela mesma falsidade do profeta calado pela compra dos votos da castidade abençoada pela maldição do homem com a criação suprema, porém, deixa-se o futuro para pensar apenas no presente sem passado.
O meio neste caso em pauta não é a mensagem e muito menos aparece o receptor, mesmo assim, um código pode fazer a diferença como informação sem a comunicação dos céus, neste momento, os ruídos do tempo pressionam o emissor na busca do outro tempo para outros desafios além da temporalidade divina.
Os segredos desta ou daquela religião afirma o contexto simbólico do ser humano e seus deuses para um apocalipse sem João, talvez, mediado por algum Judas qualquer, além do mais, o cristianismo se perdeu no tempo de uma idade medieval.
As doutrinas permanecem neste cenário mediado pelo sagrado e dominado pelo profano, criando as condições necessárias para a dominação sacramental do criador frente às criaturas de uma natureza sem vida.
O além mar continua trazendo suas ondas para terras com males envoltos nos parasitas da humanidade entediada pela mediocridade do ser humano e suas virtudes escondidas pelo tempo do tempo.
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(*) Jornalista profissional diplomado, Mestre em Ciências da Religião/Sociologia da Religião e Pesquisador da Cátedra UNESCO/UMESP de Comunicação para o Desenvolvimento Regional e Consultor na Área da Mídia Organizacional.
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