9 de maio de 2019

Na semana do Dia das Mães, Priscila Machado é uma história de superação

Na semana do Dia das Mães, Priscila Machado é uma história de superação
Priscila Machado foi entrevistada no Programa Life Morning Show da Rádio Life FM com Cleide Tineti - Foto

Priscila é mãe da Maria Vitória de 6 anos, que foi diagnosticada com autismo há seis anos

Priscila Machado, 30 anos, deu à luz, a Maria, com 24 anos, ela nasceu de 8 meses, mas tudo ocorreu bem.
Maria teve um desenvolvimento normal até por volta de 2 anos e meio, até então, pelo menos aparentava ser tudo normal.
Porém, quando Maria Vitória completou três anos eu comecei a reparar que ela não falava, apenas emitia sons e não achava normal. Ela também gostava de muitas coisas repetitivas, andava na ponta do pé e muitas vezes parecia que não ouvia, pois não atendia quando era chamada.

Eu tenho uma tia que trabalha em uma creche e ela tinha um aluno que veio de São Paulo para Adamantina, já com o diagnóstico de autismo e foi então que minha tia conversou comigo e me disse que achava a Maria com muitas semelhanças com ele.

Naquele dia eu fiquei bem abalada, mas, mesmo assim decidi ir até o posto de saúde procurar ajuda.
Após os primeiros atendimentos, os médicos nos encaminharam para APAE de Adamantina, onde fui recebida e atendida com todo carinho do mundo pelos profissionais e funcionários.
Começamos então o acompanhamento com o trabalho da fonodiologa, psicóloga, pedagoga e terapeuta ocupacional da entidade.

Mais eu ainda não estava satisfeita, pois queria ter um diagnóstico mais preciso sobre o caso da minha filha Maria Vitória. Ela foi submetida a vários exames, entre eles, eletroencefalograma, tomografia e por último a ressonância magnética, que demonstraram normalidade do ponto de vista neurologico.

Aí fui com ela para a cidade de Marilia, onde, ao ser atendida na clínica particular de uma neurologista pediatra, a Dra. Crstiane Bazzo, e foi aí que os exames diagnosticaram o autismo, pois, como já se sabe, o autismo não é diagnosticado em nenhum outro exame.

De imediato eu me conformei com a situação, embora não tenha sido nada fácil, algo que eu não sabia que existia, algo novo que me deixou com muito medo porque não existe remédio específico, uma cura, nem mesmo uma explicação para o autismo e começou minha luta diária em busca de aprendizado e superação.

Ser mãe de uma criança especial não e fácil, mas é prazeroso ver cada conquista dela. Hoje com 6 anos depois de ter sido diagnosticada, a Maria está bem melhor, se encontra matriculada na APAE de Adamantina, onde tem professor especializado sobre o autismo e profissionais excelentes que acompanham seu dia a dia.

Ela fala algumas palavras, já entende muitas coisasm sabe pedir tudo que ela quer e compreende tudo que converso com ela, todo dia é um dia novo, é dia de aprender com ela, porque nem todos os dias ela está bem, tem dias em que ela tem crises que a gente fica mal, mas Deus sempre da força, busco médicos, medicamentos que possam ajudar no desenvolvimento dela e estou sempre lendo sobre o autismo, pois é um universo muito complexo.

Eu dou graças a Deus que eu tenho meu noivo que me ajuda muito e principalmente meus pais e meu irmão, que sempre estiveram comigo e nunca me abandonaram.

A Maria se transformou no o xodó deles e a alegria da nossa família, hoje me sinto mais forte, mais preparada, tanto pra enfrentar as dificuldades, como pra ajudar as mães que também tem crianças especiais e descobrem que não é nada de outro mundo, que é difícil sim, mas cada conquista se transforma na melhor coisa do mundo.

Um exemplo de resignação, aceitação, amor e muito esforço na busca pela própria superação e pela superação da filha autista.

Redação – Kako de Oliveira

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