Uma moradora de Presidente Prudente (SP), de 42 anos, afirma ter sido vítima de um golpe com prejuízo de aproximadamente R$ 33 mil. O caso foi registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil nesta sexta-feira (30).
De acordo com o Boletim de Ocorrência, a mulher relatou que no dia 17 de agosto deste ano começou a receber mensagens, através de um aplicativo, de um homem que dizia “querer ser amigo dela”. O homem informou seu nome, disse que morava em Londres, na Inglaterra, e “foi ganhando a confiança da vítima”.
Ainda segundo a mulher, a conversa durou cerca de 20 dias, até que o golpista disse que iria enviar um presente para ela. A vítima informou seu endereço residencial e seu e-mail. Após alguns dias, o homem disse que o presente já tinha chegado ao Brasil e que estava com um suposto diplomata. Ele disse que entraria em contato, pois tinha de “fazer a liberação da encomenda”.
Também conforme o registro policial, o suposto diplomata enviou um e-mail para a mulher com um “comprovante de correspondência internacional (exportação)” em nome da vítima, e falou que dentro da encomenda havia dinheiro, o que “era proibido”. Por isso, ela teria de pagar, em princípio, uma taxa de conversão monetária no valor de R$ 6.200. Ela depositou o valor para poder liberar a mercadoria.
Contudo, no outro dia, a mulher contou que foi informada de que havia mais dinheiro na encomenda e um novo valor foi solicitado. Isso teria acontecido também no dia posterior. A cada dia, a vítima relatou que novas desculpas eram dadas e que sempre havia solicitação de mais dinheiro.
No Boletim de Ocorrência, consta que a moradora de Presidente Prudente depositou, ao todo, cerca de R$ 33 mil. Então, a vítima percebeu que “não iriam parar essas solicitações de dinheiro e também não tinha mais dinheiro e parou de pagar”. Ela relatou à Polícia Civil que “acabou perdendo todo o dinheiro”.
O golpista chegou a falar para a mulher que “compensava pagar as taxas que o diplomata estava pedindo, pois, ao receber a encomenda, ela iria cobrir os prejuízos que estava tendo”.
“A vítima, então, concluiu que caiu num golpe que, segundo ela, é denominado ‘Don Juan'”, informou a Polícia Civil.
A mulher procurou a Delegacia Participativa nesta sexta-feira (30) e o caso foi registrado como estelionato para a apuração pela Polícia Civil.
Ela foi orientada a fornecer todos os documento relativos ao golpe, como depósitos bancários e conversas pelo aplicativo de troca de mensagens, que podem auxiliar no esclarecimento do golpe.
A vítima também foi informada sobre o prazo decadencial de seis meses para representar criminalmente contra o autor, caso ele seja localizado e identificado.