O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus do Estado de São Paulo, José Medina, acredita que as medidas de proteção contra a Covid-19 devem se manter, por pelo menos, mais seis meses. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quinta-feira, 20, Medina reforçou que os cuidados são importantes para que não haja uma segunda onda da doença no país. “Precisamos nos preparar para manter todos os cuidados, usar máscara de proteção, distanciamento consciente, preocupação em casa, adotando o uso de máscara e preocupação também no transporte público. Mantendo todos os cuidados pelo menos até o final do ano e, impassivelmente, por mais alguns meses do começo do próximo ano”, explica. José Medina afirma que a desaceleração da Covid-19 no Brasil, registrada na quarta-feira pela primeira vez desde abril, é um sinal de melhora, mas ressalta que “não podemos facilitar”. “Os números são positivos. O Brasil não teve um pico, ele ficou no platô durante muito tempo. O platô aconteceu porque em algumas regiões o número de casos foi muito grande e depois o vírus foi migrando para outras regiões e compensando. Santa Catarina e o Rio Grande do Sul são os locais com mais casos agora, enquanto São Paulo e outros estados, como o Amazonas, estão diminuindo os registros. Vai esgotando a força do vírus e vai decrescendo, mas podemos facilitar. Temos o caso da Espanha, por exemplo, que chegou a ter menos de 500 casos por dia e agora, quando voltou a atividade do turismo, voltou a registrar mais de três mil casos por dia.”, afirma. A Espanha registrou 3.715 novos casos da doença, sendo o país com a mais alta taxa de contaminação pelo coronavírus na Europa, no momento. As mortes entre espanhóis cresceram 11 vezes em agosto na comparação com o mês de julho.
Fonte: Jovem Pan