25 de abril de 2025

Greve de professores da rede estadual atinge escolas da região de Adamantina

Greve de professores da rede estadual atinge escolas da região de Adamantina
Professores reivindicam melhorias salariais e das condições de trabalho nas escolas estaduais.

Professores da rede estadual de ensino de São Paulo iniciaram uma greve nesta sexta-feira (25), em protesto pela educação e contra as políticas implementadas pelo governador Tarcísio de Freitas. Os educadores pleiteiam melhores condições de trabalho. A paralisação, organizada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), foi aprovada em assembleia e tem adesão de professores nas escolas Helen Keller, de Adamantina, e Dr. Pércio Gomes Gonzáles, em Flórida Paulista. Não há uma adesão maciça ao movimento.

Entre os destaques da pauta de reivindicações da Apeoesp, conforme divulgado em seus canais, estão o pedido de reajuste imediato do piso nacional (6,27%) no salário-base; plano de recomposição do poder de compra dos salários; fim do autoritarismo, plataformização e assédio moral; convocação de 44 mil professores concursados; climatização e condições de trabalho nas escolas; atribuição de aulas justa e transparente; e não à privatização e militarização das escolas.

Conforme publicou a Apeoesp no começo da noite de ontem (24), o governo estadual apresentou proposta de reajuste de 5%, cujo projeto será encaminhado à Assembleia Legislativa até o final de abril. “Entretanto, este índice é insuficiente”, aponta a entidade. “Nossa reivindicação é um plano de recomposição do nosso poder de compra, passando pelo cumprimento da meta 17 do PNE e do PEE, na perspectiva da aplicação correta da lei do Piso Salarial Profissional Nacional. Nossa reivindicação também inclui o pagamento do índice de 10,15% que o governo mantém congelado no Supremo Tribunal Federal”, escreveu.

Uma assembleia às 16h desta sexta-feira em frente ao MASP na capital paulista vai decidir o futuro do movimento.

Governo de SP obtém liminar que garante 70% dos professores em sala de aula nesta sexta

A Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE/SP) obteve liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) nesta quinta-feira para garantir que ao menos 70% dos professores estejam em sala de aula nesta sexta, sob pena de multa diária de R$ 20 mil.

O Estado de São Paulo ingressou na Justiça contra o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) para tentar impedir a greve dos professores da rede pública estadual, que ocorre hoje. “Observou-se que a paralisação pode prejudicar milhares de alunos, que teriam seu ano letivo impactado, com consequências para suas vidas acadêmica e profissional. Além disso, a greve pode impactar de forma especial alunos em situação de vulnerabilidade, que ficariam sem merenda escolar, bem como os pais que trabalham e não teriam onde deixar seus filhos com segurança”, divulgou o serviço estadual de notícias Agência SP. “Com tais argumentos, o governo paulista alegou que a paralisação interromperia um serviço público essencial, de modo que sua extensão precisaria ser delimitada, a fim de mitigar impactos à população”, prossegue o texto.

Conforme o canal público, o Tribunal reconheceu que, embora o direito de greve seja constitucionalmente garantido, ele não é absoluto. O juiz ponderou ainda que o exercício do direito de greve deve ser responsável, de modo a não prejudicar os direitos fundamentais de terceiros, como alunos e servidores que não aderirem ao movimento.

Foi marcada uma audiência de conciliação para o dia 5 de maio de 2025.

 

 

Fonte: Siga Mais

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