Segundo um levantamento inédito do Google divulgado hoje, os três acontecimentos mais buscados este ano foram: o coronavírus, as eleições municipais no Brasil e as eleições presidenciais americanas.
O caso dos supostos desvios do Padre Robson, a nova nota de R$ 200, a greve dos Correios, a nuvem de gafanhotos, entre outros, também estão na lista.
Os brasileiros também buscaram muito sobre o auxílio emergencial e perguntaram: O que é lockdown? O que é pandemia? O que é cadastro único? O que é fascismo?
Se bobear o Google sabe mais da nossa vida do que nós mesmos… rs
Mas, essa divulgação me fez refletir sobre algumas coisas… Entre elas sobre o que tenho buscado na internet e como tenho usado essas plataformas. Será que temos feito as buscas de forma inteligente?
O que você tem pesquisado?
O fato de o coronavírus liderar as pesquisas me recordou de quando tinha o hábito de pesquisar sobre doenças. Aquilo gerava ansiedade, porque, por diversas vezes, digitava os sintomas e a plataforma indicava doenças gravíssimas.
O perigo desse comportamento de substituir a orientação médica pode nos levar a acreditar em tudo que lemos, às vezes sem checar a credibilidade da fonte.
Um outro levantamento mais antigo do Google destacou que o Brasil lidera o ranking de países que fazem buscas referentes à saúde. O índice de brasileiros que utiliza sites como primeira fonte de informação em casos de problemas de saúde chega aos 26%.
Ou seja, assim como eu fazia, muitas outras pessoas também procuram informações na internet quando sentem sintomas de qualquer mal-estar.
Alguns especialistas que já conversei sobre o tema explicaram que é um direito nosso à informação quanto a nossa saúde, mas o que está por trás deste simples procedimento, quando se torna frequente, pode ser, na verdade, a cibercondria ou “síndrome da pesquisa na internet”. O termo é relacionado à hipocondria, um estado psíquico em que a pessoa tem medo exagerado de estar com alguma enfermidade grave e consulta, constantemente, os sintomas online.
Sabemos o quanto a internet nos auxilia, inclusive nos cuidados com a saúde, mas é preciso estar alerta em relação ao modo que ela é utilizada. O mundo é globalizado, mas somos únicos e, por isso, mesmo buscando informações nas plataformas, seja sobre problemas de saúde ou outras dúvidas, precisamos nos atentar a fonte. E, no caso de doenças, não podemos deixar de consultar um profissional.
Então, é importante avaliarmos como temos usado as redes e de que forma elas têm influenciado nossas vidas e escolhas. Obter informações online pode ser positivo, mas se realizado de forma equilibrada.
Fonte: R7