28 de abril de 2023

“FUI! MAS, QUEM NÃO VAI?”

“FUI! MAS, QUEM NÃO VAI?”
Sérgio Barbosa

 “A vida é um baile de máscara; uns vão saindo depois dos outros”. (Machado de Assis)

 

Sérgio Barbosa (*)

 

Dizem que a morte não pede carona, isso é, simplesmente chega e leva esta ou aquela pessoa para o outro mundo, claro, não se sabe qual dos mundos em foco, porém, pode-se esperar pelo pior ou melhor, caso fique evidente o posicionamento religioso do mortal que embarcou para o outro lado do universo…

Com a morte não se brinca, afirma outro dito mais do que popular, portanto, pra viver neste novo tempo, deve-se pensar na morte de um jeito ou de outro, além do mais, até consórcio para tal ofício hoje tem pra escolher no mercado da oferta e da procura, aqui, procurando deixar os vivos da melhor forma possível com as despesas que ficou pra quem se mandou deste mundo…

Todas as tentativas são válidas para escapar da morte, porém, nem sempre a mesma manda aviso com antecedência para o escolhido ou a escolhida, todavia, sempre se pode escapar deste sinal da cruz, nem sempre santa para o indicado para uma viagem sem volta ao andar debaixo…

A maioria das pessoas visita a “morada eterna” apenas no dia santo, ou seja, “de todos os santos”, mas, existem outros mortais que gostam de andar pelos corredores ou vielas deste lugar denominado de “campo sagrado”…

As tumbas, bem como, as catacumbas são as mesmas em qualquer lugar, mudam alguns aspectos relacionados com a proposta do lugar e nada mais, quando muito, apenas placas com um nome e datas, de nascimento e morte para um registro a mais para os que ficaram em terra nem tanto segura para os “vivos”…

A morte ronda a todos e todas neste cenário apocalíptico, também, do jeito que anda as coisas para o lado do chamado ser humano em tempo de pós-globalização tudo pode acontecer de uma hora para outra…

O homem continua buscando saber coisas do outro tempo, talvez, para um desencontro a mais com o outro homem, portanto, de acordo com a nova proposta antropológica, não se deve perguntar mais de onde viemos e sim, para onde vamos?

Na fronteira do universo, a vida segue o seu caminho sem perder de vistas as estrelas do infinito, portanto, pode-se deixar levar pelo brilho de um cometa que aparece para um homem com muitas utopias em seu interior, mediada pela eterna procura da morte em meio à vida terrena…

As denominadas grandes religiões do homem, entre as quais, o cristianismo, bem como, o islamismo, o budismo, o judaísmo e o hinduismo, cada qual, apresenta as suas opções para enfrentar a morte de uma maneira original, ou seja, com “fé” e levando-se em conta, as respectivas “promessas”, neste caso, respeitando as normas de conduta das religiões em pauta…

Ah! Tem o título deste artigo, estava esquecendo de incluir tais palavras no texto, assim, vamos de encontro ao desencontro da morte para com a vida, ou seria o contrário?

Já avisei meus familiares e amigos, quando partir desta para a outra, pode ser pra melhor ou pra pior, isso eu não sei ao certo, muito menos pelo lado errado da sabedoria ou da mediocridade do ser humano…

Porém, sei que um dia a morte virá me pegar, seja onde e com quem estiver, talvez, sem ninguém por perto, tal fato pode acontecer, mas, estarei embarcando com a certeza de que você, mais dia, menos dia, também, seguirá o mesmo caminho e ponto quase final!

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(*) Jornalista diplomado.

e-mail: [email protected]

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