26 de novembro de 2021

Família de Dracena, no interior de SP, vive drama para fazer traslado de corpo de brasileiro que morreu na Inglaterra

Família de Dracena, no interior de SP, vive drama para fazer traslado de corpo de brasileiro que morreu na Inglaterra
Uma grande dor para nós, mas pelo menos vamos conseguir trazer para sepultar aqui’, disse uma das irmãs de João Rafael Gaspareli.

Uma família de Dracena (SP) vive o drama de não conseguir trazer para o Brasil o corpo do filho que morreu em Londres, na Inglaterra. Os parentes afirmam que precisam de R$ 60 mil para conseguir bancar o traslado.

João Rafael Gaspareli tinha 32 anos e morava havia menos de um ano na Inglaterra. Ele saiu da casa dos pais e foi para a Europa, onde trabalhava como entregador.

No último fim de semana, Gaspareli foi encontrado morto na pensão onde morava.

De acordo com a família, a polícia de Londres informou que João não tinha sinais de violência pelo corpo e a suspeita é de que ele tenha sofrido um infarto fulminante, mas os parentes aguardam os laudos dos exames para confirmar a causa da morte.

Gaspareli era o único filho homem da família. “Nós somos em quatro. Ele [João] é gêmeo com outra irmã, é o único filho homem e o meu pai e minha mãe perderam esse filho e está sendo muito difícil. Difícil sentimentalmente, difícil financeiramente”, lamentou Fabiana Gaspareli, uma das irmãs do entregador.

O desejo da família é de velar e enterrar o corpo de João Rafael em Dracena, no interior do Estado de São Paulo.

“Eu queria ver ele [João] mais uma vez, nem que for morto, queria ver mais uma vez. Queria fazer o velório e o enterro dele aqui em Dracena para pelo menos a gente visitar o túmulo dele. Meu filho querido, meu filho amado, que foi embora em busca de um sonho e vai voltar para casa em um caixão. Nunca esperava isso, é muito difícil”, disse Aparecida Félix da Silva Gaspareli, mãe de João.

R$ 60 mil

 

O valor de R$ 60 mil inclui despesas para o traslado e também as taxas pela permanência do corpo no necrotério de Londres, pois a quantia é cobrada por semana.

Ainda não há uma data estimada para que o corpo seja liberado para ser trasladado ao Brasil.

A família diz que já entrou em contato com o consulado brasileiro na Inglaterra e também com o governo federal, mas foi informada de que as despesas são de responsabilidade dos parentes.

“Eles [consulado e embaixada] ajudam na documentação de como eu devo proceder, onde tenho que ir, como tenho que marcar, que documento eu tenho que levar. Nisso eles dão total apoio, mas não financeiramente. Financeiramente a gente não tem apoio do consulado nem da embaixada. Eu tenho falado com eles diretamente e eles estão me auxiliando em como fazer”, contou Daniela Gaspareli, que é irmã de João e também mora em Londres.

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