O Centro Universitário de Adamantina (FAI) foi selecionado para compor o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Desenvolvimento e Produção de Biossimilares, aprovado na chamada pública MCTI/CNPq/SECTICS/MS/CAPES/FAPs nº 46/2024, com valor de R$ 8.791.594,00 destinado à execução das ações de pesquisa. O projeto é coordenado pelo Prof. Dr. Rui Seabra Ferreira Junior, do CEVAP – Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos da UNESP Botucatu, e conta com a vice-coordenação do Prof. Dr. Benedito Barraviera (FMB/UNESP).
A FAI é uma das 39 instituições brasileiras envolvidas na proposta, cuja aprovação preliminar foi divulgada pelo CNPq com nota técnica de 9,8. A presença da Instituição se dá por meio da atuação científica da Profa. Dra. Daniela Vieira Buchaim, docente da FAI e pesquisadora vinculada ao CEVAP/UNESP, com destaque em pesquisas nas áreas de medicina regenerativa, bioengenharia tecidual, fotobiomodulação e uso do biopolímero de fibrina.
“É uma conquista coletiva que fortalece não apenas a produção científica da FAI, mas também o compromisso da nossa instituição com a ciência aplicada e a saúde pública. O INCT reúne pesquisadores de excelência em um projeto de grande relevância para o país, e poder contribuir com essa construção, envolvendo nossos alunos e professores, é motivo de orgulho”, destaca a professora Daniela Buchaim.
O reitor da FAI, Prof. Dr. Alexandre Teixeira, também celebrou o resultado. “Recebemos com entusiasmo a notícia preliminar da aprovação pelo CNPq. A FAI está entre as instituições brasileiras que compõem essa importante proposta científica. Em parceria com o CEVAP/UNESP, que fornece o biopolímero de fibrina utilizado nas pesquisas, damos mais um passo no fortalecimento da nossa inserção em projetos de alcance nacional, com potencial de grande impacto social”, destacou.
O biopolímero de fibrina, desenvolvido pelo CEVAP/UNESP, é considerado estratégico para o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo o único 100% heterólogo no mundo, sem a presença de sangue humano. Produzido com fibrinogênio de sangue de búfalo e veneno purificado de serpente, o material já passou pela fase II da ANVISA e se prepara para testes clínicos em fase III.
Na FAI, a atuação científica se concretiza por meio de projetos interdisciplinares com participação de docentes e discentes. Um dos estudos em andamento é desenvolvido pela Profa. Dra. Daniela Buchaim, em parceria com a Profa. Me. Lívia Maluf, do curso de odontologia, intitulado: “Avaliação do processo de reparo de defeitos ósseos preenchidos por Biovidro 45S5 associado ao biopolímero de fibrina e fotobiomodulação”, que visa avaliar, de forma quantitativa e qualitativa, a formação de novo tecido ósseo a partir da combinação de biomateriais e terapias de suporte.
Por Jesana Lima
Com informações de Daniela Buchaim