16 de janeiro de 2022

FADIGA PANDÊMICA: OS EFEITOS DA PANDEMIA NA NOSSA SAÚDE MENTAL E EMOCIONAL

FADIGA PANDÊMICA: OS EFEITOS DA PANDEMIA NA NOSSA SAÚDE MENTAL  E EMOCIONAL

Se você se sente cansado e com pouca energia para fazer as coisas, não está sozinho. A fadiga é uma das consequências mais incômodas e inesperadas da atual pandemia. Estamos esgotados. E por muitos motivos. Um deles é o derivado da própria doença.

 

O coronavírus esgota, e não apenas por quem foi contaminado por ele. A OMS denominou de fadiga pandêmica o cansaço derivado do esgotamento gerado pela hipervigilância e pelo medo de um vírus que não se pode ver.

 

Mesmo que necessário, não é fácil permanecer firme com os cuidados depois de tanto tempo de pandemia. Desinfetar roupas, embalagens e alimentos após a ida ao supermercado, o uso constante da máscara e as inúmeras vezes que passamos álcool em gel nas mãos já se tornou parte da rotina. Entretanto são situações que podem nos deixar esgotados, estressando nosso sistema hormonal e endócrino tornando algumas pessoas mais vulneráveis a certos transtornos.

 

Além disso a situação econômica, e as vidas prejudicadas pelo vírus são notícias que nos bombardeiam todos os dias, causando um sentimento de incertezas.

 

As restrições na vida social, financeira, entre outras dimensões, aumentam a falta de perspectiva e diminuem o poder de planejamento. Nada disso é um sério transtorno psíquico, mas esse tipo de sofrimento prolongado pode gerar ansiedade, depressão e insônia, mesmo em quem não apresentava nenhuma tendência prévia.

 

O bem-estar mental e emocional precisa ser a prioridade, enfatiza a neuropsicanalista Luciana Gomes tino. “Assim como nos cuidamos fisicamente ao colocarmos uma máscara ou cumprirmos os protocolos de segurança, temos que dedicar especial cuidado ao nosso bem-estar interior, é preciso focar no que depende de nós, no aqui e agora. Não conhecemos o amanhã, então pensemos diariamente naquilo que podemos fazer para nos sentirmos bem dentro das possibilidades e dos recursos que estão ao nosso alcance”, ressalta a especialista.

 

A fadiga pandêmica é provocada pela soma de experiências, emoções e percepções e a sensação de cansaço extremo, que pode vir acompanhada de:

Tristeza;

Apatia;

Dificuldade para estabelecer uma rotina;

Perda de interesse;

Indiferença aos fatos e acontecimentos;

Pensamento de que a vida só vai acontecer para valer quando tudo isso passar.

A especialista complementa que alterações no sono e dificuldade para dormir também são sintomas do problema. “O apetite diminui, não há horários para as refeições. O contrário também é válido: comer demais como uma ‘recompensa’ para aliviar o desconforto emocional”, afirma.

Os sinais podem evoluir para quadros mais sérios, como depressão, crises de pânico ou ansiedade e abuso de substâncias químicas.

Esta fadiga leva muitas pessoas a deixarem de seguir os protocolos de segurança contra a COVID-19, exagerando na flexibilização do isolamento social ou ficando menos cuidadosas com o uso de máscaras e a higiene das mãos.

Tudo isso só agrava ainda mais a pandemia e prolonga o sentimento de exaustão. Então, o que podemos fazer para vencer essa fadiga pandêmica?

  • Foco no bem-estar – dedique energia ao que depende de você: sua saúde e seu bem-estar físico e emocional, busque entender suas emoções, seus pensamentos e sentimentos, cuidar da mente é cuidar da sua vida. Também devemos cuidar do nosso sistema imunológico com mais ênfase, para isso, além de cuidar das podemos estabelecer rotinas de exercícios, mesmo que simples, desfrutar de uma alimentação mais saudável, e se possível, se permita diariamente tomar um pouco de sol, que é uma das fontes mais importantes de vitamina D, além de contemplar as belezas que Deus ainda nos permite, e principalmente dar atenção e agradecer pela sua respiração e o fato de estar vivo.

 

  • Uso de máscara e higiene das mãos são seus aliados. É graças a essas medidas de proteção que você pode sair para uma caminhada, encontrar alguém ao ar livre ou trabalhar. Ao invés de reclamar por ter que usá-la, trate sua máscara com carinho. Higienize as mãos com frequência, na certeza que está fazendo o melhor para você e para os demais.

 

  • Se permita ao descanso psicológico. Muitas vezes, nos vemos imersos em um rolar de tela eterno, lendo sequências de notícias tristes – em inglês, existe até um termo para definir esse hábito: doomscrolling, mistura de doom (apocalipse) e scrolling (rolagem de tela) -Trata-se de um estado no qual podemos cair inconscientemente. Nosso bem-estar deve ser um objetivo prioritário, por isso pode ser um bom momento para nos desconectarmos de certas redes sociais ou de programas de televisão que nos esgotam ou nos irritam. Permita-se um descanso psicológico e alguns dias desconectado se esse hábito estiver provocando muita tristeza, desânimo ou ansiedade. Isso não significa negar a gravidade da situação ou esquecer do perigo, mas, sim, preservar-se de mensagens que lhe fazem mal. Que tal retomar hobbies como livros, filmes ou séries?
  • Aceitar seus sentimentos e limites (e também os dos outros!) e conversar sobre isso.Evite se cobrar demais sobre todas as coisas. É totalmente normal não estar 100% bem o tempo todo e rendermos menos do que gostaríamos, seja no trabalho ou nas atividades domésticas.

 

Por outro lado, se mesmo depois de toda a readaptação ao “novo normal”, a ansiedade e apatia permanecerem, é preciso ficar atento. Se os sintomas continuar por muito tempo, inclusive causando prejuízos na vida social e profissional, o melhor a fazer é procurar ajuda profissional e especializada.

O corpo é uma extensão da mente, e o significado que damos às experiências vividas refletem na nossa qualidade de vida e principalmente na saúde. “Nosso corpo não adoece sem uma razão: ele se adapta a nossas experiências de acordo com o significado que damos a elas. Mas podemos mudar esse significado”.

 

O primeiro passo é agendar uma consulta de avaliação

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Luciana Gomes Tino

Neuropsicanalista – Hipnoterapeuta – Treinadora comportamental

(18)99783-8928

 

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