Enlouquecido e sem perdão.
Se multiplicou,
Escapou das mãos, e fugiu do padrão
Está perdido!
Tudo foi planejado, no entanto, foi corrompido
Saiu do laboratório, pronto para ser usado,
Mas o cérebro humano,
Assim como tem tutano,
Tem um reservatório
Para as loucuras do fulano!
O homem tão preparado,
Achou que, teria o controle de tudo,
Articulado, estruturado,
No entanto, o Homo sapiens
Está totalmente combalido, desanimado.
Os Jovens assustados,
Jogando os dados da sorte,
Tem escolhido muitas vezes a morte.
A natureza terrivelmente afetada.
Os rios, estão secando,
O Oxigênio se esvaindo,
O amor esfriando,
As geleiras derretendo
E as guerras nos destruindo
Física, mental, social
E emocionalmente.
E a pergunta feita diante do espelho:
O que está acontecendo?
O que estamos fazendo?
O eco dessas perguntas
Reverbera,
Quebrando o silêncio do cosmos.
Numa solidão interestelar.
Sem resposta…
Uma intuição suposta,
Nos acusa, nesse reflexo turvo,
Distorcido pela lágrima, que insiste em cair;
Não temos como voltar,
Não dá mais para sair
Criamos engrenagens forjadas pelo
Medo, pelo derramamento
Da seiva das árvores,
Das águas dos rios contaminados,
Dos poços de petróleo,
Das ambições insanas,
Do fulcro avermelhado,
Das veias humanas.
E agora? Diante da Lâmina afiada,
A verde esmeralda é derrubada,
Asfixia, olhar vazio e cansaço,
Sob engrenagens de aço!
Solange Lisboa 29/01/2024
Escritora/poeta
@solnlisboa
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